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segunda-feira, 17 de março de 2014

AEB TENTARÁ COLOCAR EM ÓRBITA SEU PRIMEIRO NANOSSATÉLITE

Júlio Ottoboni 
Jornalista Científico
 

Depois de 10 anos de tentar lançar seu primeiro nanossatélite, uma categoria de satélites minúsculos e de ter fracassado no lançamento do microssatélite SACI, todos de uso científico, a Agência Espacial Brasileira (AEB) tentará colocar em órbita o segundo nanossatélite brasileiro e primeiro dentro do padrão denominado cubesat (satélite em forma de cubo), de produção nacional, o NanosatC-BR1.

Como são equipamento muito pequenos com até 10 quilos de peso, são levados como caronas em lançamentos de satélites grandes que terão órbita próxima ao utilizado pelos nanossatélites. No caso brasileiro, o aparelho será levado ao espaço entre abril e maio pelo lançador ucraniano DNEPR, um dos parceiros da empresa binacional Cyclone, que promete construir o lançador de satélites brasileiro,o VLS..

O NanosatC-BR1 é um pequeno satélite científico, com pouco mais de um quilo de peso, produzido em parceria entre o Centro Regional Sul, do Inpe, situado em Santa Maria e a Universidade Federal de Santa Maria, além da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e as empresas Emsisti, Innovative Solution in Space (ISS), empresa holandesa fornecedora da plataforma do cubesat, e a brasileira Lunus Aeroespacial.

No próximo mês serão feitos os últimos testes no modelo de voo. O equipamento levará a bordo um magnetômetro e um detector de particulas de precipitação para estudos geoespaciais. As informações obtidas serão importantes para estudos da magnetosfera, como as bolhas ionosféricas, e estudar interferências de ocorrências espaciais na Anomalia Magnética do Atlântico Sul, também conhecida como ‘falha do Atlântico Sul’. Além de obter dados para pesquisas sobre o eletrojato equatorial.

A Estação Terrena de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, será responsável por monitorar as órbitas do NanosatC-BR1. Também serão captados os sinais da rota pelo centro de rastreio instalado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP). Esse último está em operação e recebe dados de vários cubesats lançados por outros países.

O primeiro nanossatélite nacional foi o Unosat-1, das universidades Norte do Paraná (Unopar) e Estadual de Londrina (UEL), que foi destruído no acidente com o VLS-1 no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, em 2003.
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