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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Exército Brasileiro recebe últimos MSS 1.2 AC


Por Victor M.S. Barreira...
No mês de março, o fabricante brasileiro de sistemas de mísseis e outras tecnologias de emprego militar Mectron Engenharia Indústria e Comércio concluirá o fornecimento de sistemas de mísseis anti-carro portáteis guiados MSS 1.2 AC ao Exército Brasileiro (EB). Serão entregues os últimos 3 sistemas pela empresa, uma subsidiária da Odebrecht Defesa & Tecnologia (ODT). É desconhecida a quantidade de lançadores e mísseis adquiridos mas sabe-se que as proporções foram de 12 munições por unidade de tiro.
 
As características do MSS 1.2 AC permitem que este possa ser movimentado com facilidade (Mectron Engenharia, Indústria e Comércio)
 
No âmbito do programa de entregas, iniciado em utubro de 2012, foram recebidos também sistemas de simulação, equipamentos para sustentação e apoio, treinamento, documentação técnica e apoio logístico. Em março de 2012, o EB recebeu alguns protótipos para avaliação. Durante 2013, prevê-se que sejam iniciadas discussões com o EB para a aquisição de sistemas MSS 1.2 AC adicionais.
 
O MSS 1.2 AC desenvolvido em cooperação e sobre especificações do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), e compreende o posto de tiro que inclui um tripé que incorpora um sistema ótico da Opto Eletrônica, o tubo lançador e o próprio míssil. A unidade de tiro é operada por dois elementos, atirador e municiador, e tem um peso de 28 kg (míssil e tubo lançador pesam 23 kg). O míssil incluí a cabeça de guerra do tipo carga oca cujo explosivo é fabricado pela AEQ Aeroespacial, Química e Defesa (pertencente à Synergy Defesa & Segurança-SDS) sob especificação da Mectron-Engenharia, Indústria e Comércio e também o bastão propelente da Roxel (uma empresa conjunta da MBDA e do grupo Safran) montado na câmara de pressão pela Mectron-Engenharia, Indústria e Comércio. O míssil tem um calibre de 130mm e mede 1,5 metros de cumprimento. Seu alcance efetivo de até 3.700 metros a uma velocidade máxima de Mach 0.8. O míssil é capaz de penetrar aço blindado com cerca de 570mm de espessura. O guiamento do míssil em direção ao alvo é realizado por um feixe laser provido pela unidade de tiro.
 
MSS 1.2 AC aqui integrado a um veículo utilitário Troller (Mectron Engenharia, Indústria e Comércio)
 
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil recebe o mesmo sistema de armas desde meados de novembro de 2012, cumprindo assim um contrato celebrado em novembro de 2009. A entrega deverá estar concluída entre Junho e Julho do presente ano. Para o CFN, as proporções foram de 6 munições por unidade de tiro. Entre postos de tiro e mísseis, estima-se que possam ter sido adquiridos 500 sistemas pelos dois clientes (EB e CFN).
 
O sistema MSS 1.2 AC poder ser integrado em veículos de rodas blindados ou não blindados, permitindo-lhe uma maior mobilidade de operação. Para treinar os militares no emprego do MSS 1.2 AC, o seu fabricante desenvolveu um sistema de simulação que inclui o posto de tiro e o seu tubo lançador, interligados a um computador robustecido da Option Industrial Computers (OIC), onde corre uma aplicação informática que simula diversos cenários e zonas geográficas passíveis de emprego do sistema de míssil. Este foi também contratado pelo EB e pelo CFN.
 
O fabricante estuda incorporar diversas melhorias no MSS 1.2 AC, estas atualmente em fase de avaliação. Nas possíveis melhorias espera-se que sejam incorporadas na munição, cabeças de guerra nas configurações em "tandem" e "anti-bunker", o aumento do alcance do míssil para até 4 km, integrar à unidade de tiro o sistema de visão noturna e reduzir o seu peso.
 
Países da América do Sul, Africa e Oriente Médio demonstraram interesse pelo míssil anti-carro brasileiro.
 
Para treinamento, o posto de tiro pode ser conectado a um notebook robustecido onde são recriados diversos cenários de emprego (Victor M.S. Barreira)
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