quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pentágono retira proibição para mulheres dos EUA em combate


Reuters
WASHINGTON - O Pentágono retirou nesta quinta-feira, 24, sua proibição a mulheres na linha de frente de combate, num passo histórico em direção à igualdade dos sexos nas Forças Armadas dos Estados Unidos, depois de 11 anos de guerra ininterrupta.Há ressalvas importantes, e a mudança não vai acontecer da noite para o dia para as mulheres que já vinham servindo e morrendo na última década em guerras no Iraque e Afeganistão, onde quase 300 mil delas foram enviadas.
Mas a decisão do secretário da Defesa Leon Panetta, com o apoio do presidente Barack Obama, põe em movimento um processo que vai abrir milhares de empregos para mulheres nas Forças Armadas norte-americanas e expandir as oportunidades de progresso na carreira.
"O objetivo do departamento ao rescindir a regra é garantir que a missão seja cumprida com as pessoas melhor qualificadas e mais capazes, sem levar em consideração o gênero", disse Panetta em um comunicado. Panetta tomou a decisão depois que o Estado-Maior conjunto concluiu que já era tempo de seguir adiante com os esforços para integrar as mulheres "o máximo possível", segundo um comunicado.
Não ficou imediatamente claro que papéis dentro do Exército poderiam permanecer inacessíveis. Um comunicado do Pentágono aludiu à necessidade de validar padrões de desempenho para posições especiais. A força física, por exemplo, poderia ser um desses padrões.
Os serviços militares terão até 15 de maio para apresentar um plano sobre como vão obedecer até 2016. Esse plano vai guiar a rapidez com que os novos postos de combate serão abertos e se os serviços buscarão isenções para manter alguns fechados a mulheres.
A medida derruba outra barreira social nas Forças Armadas dos EUA, depois que o Pentágono inutilizou em 2011 a proibição "Não Pergunte, Não Conte" sobre gays e lésbicas servirem abertamente no Exército.
Para muitas mulheres militares, a medida é um reconhecimento atrasado das realidades da década passada de guerra, na qual frequentemente não havia linhas de frente claramente definidas.
Mulheres servem em papéis de combate nas Forças Armadas de algumas poucas nações desenvolvidas, como Canadá e Israel, mas as autoridades dizem que a demanda de mulheres para esses postos em países da Otan é muito baixa. Em 2010, a Grã-Bretanha decidiu, depois de uma revisão, que não iria mudar as regras que excluíam as mulheres da infantaria ou de equipes de combate.
"Acho que já está mais do que na hora", disse a sargento Tiffany Evans, estacionada em Fort Hood, Texas. 
SNB

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