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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Drone que penetrou em Israel é uma cópia de drone estadunidense


O porta-voz da Guarda Revolucionária Islâmica (GRI) declarou hoje que o drone do movimento Hezbollah, que penetrou no território israelense, é uma cópia do drone estadunidense fabricada no Irã.

O Irã abateu em dezembro de 2011 o drone estadunidense RQ-170 Sentinel. Segundo o porta-voz da GRI, Hezbollah lançou mais de uma vez tais aparelhos a Israel, com o objetivo de efetuar observações e recolher de informações.
Paralelamente, Ahmad Vahidi, ministro da Defesa do Irã, declarou que o drone que penetrara em Israel, não foi o modelo mais sofisticado desenhado por engenheiros iranianos.
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Drones chineses vão espiar países vizinhos


A China está fortalecendo seu programa de desenvolvimento de aviação não-tripulada. Foi anunciada a criação de duas primeiras bases de veículos aéreos não-tripulados (VANTs) na província de Liaoning para monitorar a situação em águas costeiras.

Estas bases são um presente dos militares ao 18o congresso do Partido Comunista da China (PCC). A China precisa de grandes avanços na véspera deste importante evento político. A colocação em serviço do primeiro porta-aviões chinês e o anúncio do programa de pouso na Lua são outros exemplos da mesma série.
Anteriormente, a China anunciara a sua intenção de criar 11 bases para drones até 2015. As duas primeiras bases surgirão no nordeste do país. Esta é a área de maior atividade militar não só na Ásia, mas em todo o mundo. Em um ano, são realizados na zona cerca de 10 exercícios militares com a participação de marinhas e forças aéreas de EUA, Japão, Coreia do Sul. A China tão pouco fica para trás, porque considera a área como uma zona de sua influência. Drones chineses vão coletar dados de vídeo sobre os exercícios militares dos vizinhos e também coordenar as ações das forças aéreas e navais da China nos mares Amarelo e da China Oriental.
Serão os drones chineses equipados com armamentos? Não há uma resposta clara, embora se saiba que, além de drones de reconhecimento, a China está desenvolvendo drones de ataque também.
Muito provavelmente, a China irá inicialmente usar os VANTs para reconhecimento e para guiar seus mísseis balísticos anti-navais DF-21D. Os assassinos de porta-aviões, como são chamados pela mídia chinesa, irão garantir a supremacia em 70% das águas do Mar da China Meridional. Os restantes 30%, no futuro, poderão ser controlados por porta-aviões chineses.
Na China estão sendo desenvolvidos e estão em serviço cerca de 30 VANTs de várias modificações. Seu papel no re-equipamento do exército chinês só vai aumentar, refere Denis Fedukinov:
"A intensificação da atividade e o reforço da Força Aérea da China não podem deixar de preocupar os países limítrofes. Isto, em parte, explica o desejo dos países vizinhos da China de comprar equipamentos semelhantes".
A Coreia do Sul, com o apoio dos EUA, está desenvolvendo seu próprio programa de criação de drones, apesar de o considerar demasiado caro. Para além disso, não é de crer que os outros países da região assistam passivamente aos voos de drones chineses perto de suas fronteiras.
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Projeto DPA-VANT realiza ensaio de corrida na pista


O Projeto DPA-VANT (Sistema de Decolagem e Pousos Automáticos para Veículos Aéreos Não Tripulados) realizou, em 25 de outubro de 2012, ensaio de corrida do Protótipo 02 do VANT Acauã na pista do Aeroporto de São José dos Campos. O objetivo principal do ensaio foi a aquisição de dados que serão utilizados para a identificação de parâmetros necessários para o controle automático da aeronave no solo.
O horário de execução do ensaio foi de madrugada, das 01h00 às 06h00, para evitar interferência na operação normal do aeroporto, que tem utilização tanto militar como civil, inclusive com voos comerciais regulares. 
O ensaio teve sucesso e consistiu em seis corridas com velocidades estabilizadas entre 10 e 40 km/h, com e sem utilização do leme de direção da aeronave. Os principais itens analisados foram a atuação da bequilha e a eficiência do sistema de freios. 
Cerca de 30 pessoas participaram do ensaio, incluindo integrantes do IAE/ASA, equipe SAR do IAE, DPAA, DTCEA-SJ e INFRAERO, o que possibilitou que todos os aspectos de segurança na operação fossem seguidos. 
As fotos do ensaio e do briefing de preparação estão a seguir. (Fotos de Cap. Guerra e Laboratório de Registro de Imagens do IAE).

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Projeto Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) cumpre mais uma etapa de desenvolvimento.



O Instituto de Aeronáutica e Espaço e a Agência Espacial Alemã (DLR) realizaram entre 15 e 19 de outubro a Revisão de Requisitos de Sistema (SRR) do Projeto Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1).  Este evento constituiu a terceira revisão de projeto realizada pelas duas organizações, antecedida pela Revisão de Definição da Missão (MDR) e pela Revisão Preliminar de Requisitos (PRR).
            A documentação do IAE e do DLR foi analisada por uma Comissão de Revisão presidida pelo Dr. Rogério Pirk (IAE), conforme a norma do IAE, e constituída pelo Dr. Petrônio Noronha (AEB), Dr. Paulo Milani (INPE) e Dr. Félix Palmério (consultor ad hoc). O Grupo de Projeto foi constituído por 21 engenheiros do IAE, com o apoio de 7 bolsistas do CNPq, e por 9 engenheiros do DLR. O Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) foi representado pelo Dr. Niwa, que esteve presente ao evento como observador. O objetivo da revisão era o de avaliar os requisitos de sistema do VLM-1, analisar o projeto de concepção adotado para o lançador e aprovar o plano de verificação dos requisitos. Devido ao caráter binacional do projeto, toda a documentação, as apresentações e as discussões foram realizadas em língua inglesa.
            Um dos momentos significativos da revisão foi a visita dos participantes ao Modelo de Engenharia (ME) do Motor S50 nas dependências do Laboratório de Ensaios Dinâmicos (LED). O ME procurou reproduzir as técnicas de fabricação que serão utilizadas nos Modelos de Qualificação (MQ) do S50 e tem como objetivo avaliar possíveis dificuldades e permitir um ajuste ou melhoria do projeto, se necessário. Com cerca de 12t, o S50 será o maior motor a propelente sólido desenvolvido pelo Brasil. Outro evento digno de menção foi o ensaio da ação de elementos pirotécnicos sobre amostras de materiais trazidos pelo DLR. Este ensaio ocorreu na Subdivisão de Pirotecnia da Divisão de Propulsão Espacial (APE) com excelentes resultados.
            Com o término desta fase de concepção, o VLM-1 entra na fase de projeto propriamente dito, muito embora alguns subsistemas, como o S50, por exemplo, já estejam em fase mais avançada. Nesta próxima fase, deverão ocorrer as contratações de sistemas e subsistemas completos na indústria nacional. O VLM-1 tem como primeira missão o lançamento da carga útil Shefex 3 em 2016.
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OPTO – Tecnologia Nacional no Espaço e Defesa

A OPTO recebeu, no dia 22 de Outubro,   a visita do ministro da Defesa Celso Amorim, acompanhado de uma comitiva do Ministério e de integrantes do Comando da Aeronáutica. Os visitantes percorreram as instalações da unidade e conheceram equipamentos produzidos pela companhia nas áreas médica, aeroespacial e de defesa. “As contribuições da Opto para a sociedade brasileira são extraordinárias”, afirmou o ministro.

Espaço

Os integrantes do Ministério e oficiais foram recebidos pela alta direção da OPTO. A visita teve como objetivo conhecer o segundo modelo de vôo da câmera de imageamento para satélite MUX, que seguirá para a China e irá equipar o satélite sino-brasileiro CBERS-4.  A OPTO, empresa de tecnologia 100% nacional, é a principal fornecedora de optrônicos para as forças armadas brasileiras e referência no ramo na América Latina.

A câmera de imageamento para satélite MUX,  é considerada por especialistas independentes, como um marco da engenharia nacional.  Trata-se da primeira câmera no gênero inteiramente desenvolvida e produzida no País. O equipamento, feito na matriz da Opto, em São Carlos, coloca o Brasil entre os 10 países do mundo a dominar a tecnologia de imageamento aeroespacial. De nome MUX (de multiespectral), a câmera é destinada ao monitoramento ambiental e gerenciamento de recursos naturais.   

A MUX pesa mais de 120 kg e é capaz de fazer imagens com 20 metros de resolução do solo, a mais de 750 km de altitude. Desconsiderando a curvatura da Terra e as nuvens (para exemplificar), seria como se, de São Carlos/SP, fosse possível enxergar um ônibus em Brasília/DF. A faixa de largura imageada, extensão do território visto em uma linha na imagem, é de 120 km de largura.

A primeira câmera MUX foi enviada pela OPTO  Eletrônica, à China,  em março deste ano. Ela irá equipar o satélite sino-brasileiro CBERS 3. O satélite CBERS 3 tem lançamento programado para novembro deste ano e será levado à órbita por meio do foguete chinês “Longa Marcha”.

Foram construídas versões sucessivas de protótipos, denominadas modelos de engenharia, de qualificação e de voo (modelo final) da câmera MUX. O modelo de qualificação, por exemplo, foi exaustivamente testado (como em provas extremas de choque e vibração). O objetivo da bateria de testes e ensaios foi assegurar que o projeto (e consequentemente o equipamento) suporta as cargas de lançamento e as condições de temperatura, radiação e vácuo no espaço, além de verificar se ele atende aos requisitos de envelhecimento e compatibilidade eletromagnética com os outros sistemas do satélite, mantendo sempre o melhor desempenho funcional.
 
O ministro Celso Amorim demonstrou apreço pelas inovações produzidas dentro da companhia. “A contribuição da OPTO, por todas as coisas que eu vi nas aplicações médicas, na área de defesa, com o satélite de observação da Terra que nós temos em parceria com a China, são contribuições extraordinárias. O que a OPTO faz é estratégico para o País, sobretudo do ponto de vista da [área de] Defesa.”

Defesa e Segurança Pública

Entre os equipamentos produzidos pela Opto para a área de Defesa, estão as Espoletas Ativas de Proximidade dos Mísseis Ar-Ar Piranha MAA-1 (homologado desde 1998), do MAA-1B, e do Míssil Antirradiação MAR. Estes sistemas têm a função de detectar a presença do alvo dentro do alcance da cabeça de guerra do míssil. A Opto também desenvolveu a Óptica da Unidade de Apontamento e Guiamento (UAG) e sistema de imagem termal (EITMSS, com uso de detectores refrigerados criogenicamente) do Míssil Solo-Solo MSS-1.2, a pedido do Exército Brasileiro.

A empresa integra ainda o projeto de desenvolvimento do Imageador Infravermelho (seeker) do Míssil de 5ª. Geração A-Darter, competidor direto do AIM-9X (EUA), IRIS-T (Consórcio Europeu) e do ASRAAM (Inglaterra). O projeto é fruto de uma parceria entre o Brasil e a África do Sul.  Há ainda o Monóculo Termal VDNX-1, considerado um dos mais leves e compactos do mundo – podendo ser acoplado a capacetes e vários armamentos –, indispensável no combate ao tráfico de drogas em regiões de fronteira, por exemplo.

A área Aeroespacial e de Defesa da OPTO conta com modernas instalações para montagem, integração de subsistemas, realização de testes ópticos de precisão, além de ampla gama de instrumentos para desenvolvimento de avaliações e validação de sistemas optoeletrônicos embarcados, que asseguram a conformidade com os padrões e protocolos mais rigorosos do setor.

Ao final da visita, o ministro recebeu uma homenagem dos funcionários da companhia, por meio de uma placa (afixada ao lado da Sala Limpa da empresa), e de uma reprodução desta em miniatura, presenteada ao ministro.
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