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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Navio de guerra russo com especificações francesas: como será o Mistral?


Os navios de desembarque modernos da série Mistral têm estado em foco nas discussões e nas opiniões de jornalistas e peritos. A construção do navio principal Vladivostok se iniciou em fevereiro de 2012 sem haver clareza quanto a seu aspecto e armamentos.

As principais críticas dirigidas ao projeto original se prendem com o facto de a variante básica do Mistral possuir apenas duas rampas de lançamento para os complexos de mísseis antiaéreos Simbad e algumas metralhadoras de grande calibre. A tradição naval russa prevê o apetrechamento com armas mais sérias que pode vir a ser indispensáveis em confrontação direta com adversário mais forte. Claro que não faz sentido equipar o Mistral  "russificado" com um sistema de mísseis de elevado alcance – a instalação de tais complexos seria mais conveniente em fragatas e contratorpedeiros de escolta. Todavia, convinha, talvez, reforçar a capacidade combativa do navio nessa parte.
O parque de helicópteros é que suscita menos dúvidas e interrogações – em vasos de guerra VladivostokSevastopol e dois outros navios Mistral se planeja estacionar helicópteros de fabricação nacional. Conforme o quadro orgânico, o navio será dotado de 16 engenhos, ou seja, 8 aparelhos Ka-52K e oito Ka-29 de combate e carga.
Nem tudo está claro com as lanchas de desembarque. As lanchas infláveis, análogas às LCAC norte-americanas que convenham aoMistral, por enquanto não existem. Os aparelhos desta classe disponíveis têm grande dimensão. Se a Marinha quiser adotar tais equipamentos, terá de fazer novas encomendas. Para já, no navio poderão ser colocadas lanchas comuns Serna ou Dugon.
Mas a maior vantagem do Mistral reside no moderno sistema de comando SENIT-9 que permite usá-lo na qualidade de navio de comando. Na Rússia tais equipamentos ajudarão a preencher a lacuna na realização de operações específicas e expedições. Como é óbvio, poderão ser utilizados em situações de emergência. Basta, por exemplo, recordar a recente operação de resgate dos cidadãos russos na Líbia. Além disso, o desenvolvimento das tropas de desembarque de fuzileiros navais ajudará o país a defender os seus interesses em casos inevitáveis de emprego da força
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IAE realiza o primeiro Ensaio a Quente do Motor Foguete L1


O Instituto de Aeronáutica e Espaço realizou no dia 29 de agosto de 2012 o primeiro ensaio a quente do motor foguete a propulsão liquida denominado L1, no banco de ensaio de 1kN do Laboratório de Propulsão Liquida  da Divisão de Propulsão Espacial . O desempenho do motor foguete L1 foi considerado muito bom, pois os parâmetros propulsivos mais importantes do motor como empuxo, vazão mássica, impulso especifico, velocidade característica se apresentaram bem próximos dos valores pré-calculados.
O motor L1 tem como objetivos principais o treinamento do corpo técnico do Laboratório de Propulsão Líquida e a realização de pesquisas na área de propulsão espacial, além de ser uma ferramenta de capacitação para formação de novos grupos do curso de mestrado de propulsão líquida.
O cabeçote de injeção do motor L1 é composto de injetores mono propelentes centrífugo e jato, para etanol e oxigênio gasoso, respectivamente. A câmara de combustão é de aço inoxidável, refrigerada a água, e a ignição é feita por um ignitor gás dinâmico.
Em anexo assista ao vídeo do 1º ensaio do motor foguete L1.
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Sistema de Míssil Superfície-Ar de Média Altura das Forças Armadas


O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso I do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, o Decreto no 6.703, de 18 de dezembro de 2008, e o disposto no inciso XVII do art. 1o do Anexo I do Decreto no7.364, de 23 de novembro de 2010, resolve:
Art. 1o Ficam aprovados os Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) das Forças Armadas anexos a esta Portaria Normativa.
Art. 2o As aquisições do Sistema de Míssil Superfície-Ar de Média Altura, que trata esta Portaria Normativa, serão realizadas pelas respectivas Forças e coordenadas pelo Ministério da Defesa.
Art. 3o Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Celso Amorin...Os requisitos a seguir foram obtidos pela consolidação das características operacionais e técnicas comuns de emprego das três Forças Armadas, constantes em suas documentações orientadoras e normativas, após reuniões coordenadas pela Comissão de Logística Militar (COMLOG), realizadas no Ministério da Defesa, em 2012.
Os requisitos estão divididos em absolutos, desejáveis e complementares. Os absolutos são obrigatórios no Sistema de Míssil Superfície-Ar de Média Altura das Forças Armadas. Os desejáveis, não obrigatórios, devem ser buscados pelo incremento da operacionalidade e os complementares, não obrigatórios ou desejáveis, valorizam a melhor escolha.

I) Absolutos (RA)

1) Interfaces com Sistemas Externos
1.1) deve possuir Interface de Coordenação com os meios de Comando e Controle (C²) da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB).
1.2) deve possuir Interface de Coordenação e Controle com os meios de Defesa Aeroespacial (D Aepc) das Forças Armadas (FA) brasileiras.
2) Função Vigiar o Espaço Aéreo 2.1) deve realizar a Vigilância do Espaço Aéreo (Esp Ae), fazendo uso de seus Sist Ct Alr e Sensor de Busca (Sns Bsc) do Sist A, para detectar ameaças em todas as combinações das seguintes
condições:
a. tanto durante o dia quanto à noite.
b. tanto com a atmosfera limpa quanto nublada.
c. em ambientes com presença de fumígenos ou fumaça.
d. para sistemas instalados em navios, em condições de mar até 6 (seis) da escala Beaufort.
e. tanto na presença de um ou mais dos seguintes fenômenos meteorológicos: vento, nuvens, chuva, descargas elétricas e nevoeiros, quanto sem estes fenômenos.
f. em ambiente de Guerra Eletrônica e Guerra Cibernética.
3) Função Coordenar o Emprego
3.1) deve coordenar com a FAB, por meio da Interface de Coordenação, o emprego de seus meios Antiaéreos (AAe) ao detectar uma ameaça Aeroespacial (Aepc) localizada em faixa do Esp Ae destinada à aviação de interceptação e à AAAe de Média Altura (MeAltu).
3.2) deve coordenar o emprego de seus meios AAe, ao detectar uma ameaça Aepc localizada em faixa do Esp Ae destinada a outros elementos, integrantes dos demais Sit Op das Forças Singulares.
3.3) deve coordenar, por meio da Interface de Coordenação, o emprego de seus meios de Baixa (Bx) e Me Altu, ao detectar uma ameaça Aepc que esteja em faixa do Esp Ae destinada à AAAe.
4) Função Controlar o Emprego
4.1) deve controlar o emprego de seus meios AAe, por meio da Interface de Controle, ao detectar uma ameaça Aepc que esteja em faixa do Esp Ae destinada à AAAe Me Altu.
4.2) deve ter o emprego de seus meios controlado pelo Centro de Operações de D Aepc, seja na Zona do Interior (ZI) ou na Zona de Combate (ZC), para o engajamento de uma ameaça Aepc, que
esteja em faixa do Esp Ae destinada à AAAe Me Altu, quando acionado por esse Centro.
5) Função Identificar Ameaças
5.1) deve identificar uma ameaça Aepc como amiga ou inimiga, fazendo o uso do Sist Ct Alr e Sns Bsc do Sist A, em tempo não superior a 20 (vinte) segundos após a detecção da ameaça.
5.2) deve identificar uma ameaça Aepc como amiga ou inimiga, com seus meios orgânicos, ao detectar uma ameaça Aepc que esteja dentro de seu volume de responsabilidade (VRDA Ae).
6) Função Engajar Ameaças
6.1) deve engajar ameaças com seus meios orgânicos, a detectar uma ameaça Aepc que esteja dentro de seu volume de responsabilidade.
6.2) deve engajar ameaças com seus meios orgânicos, ao ser acionado pelo alocador de armas do COpM (ZI e Op NG) ou do COAT da FAC (TO).
7) Função Relatar Ação Hostil
7.1) deve ter a capacidade de produzir e transmitir Relatórios de Engajamento de Artilharia Antiaérea (ARTIREL) ao OCOAM, com jurisdição sobre a área de incidência.
8) Requisitos de Interfaces Externas
8.1) Interface de Coordenação e Controle
Deve possuir protocolos compatíveis com os meios de Comando e Controle (C²) das FA
8.2) Requisitos de Integração
Deve possuir protocolos compatíveis que permitam a mútua integração dos Sist Ct Alr, Sist A, Sist Com e Sist Log, em todos os seus escalões.
8.3) Requisitos Ambientais
a) os meios orgânicos do Sistema armazenados devem manter as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiações e de interferência eletromagnética e de fungos, de acordo com as condições determinadas em seus Manuais.
b) os meios orgânicos do Sistema transportados nas aeronaves C-130 ou KC-390 da FAB devem manter as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de choque mecânico, de vibração, de radiação e interferência eletromagnética, de acordo com as condições determinadas em seus Manuais Técnicos, no ambiente operacional.
c) os meios orgânicos do Sistema em deslocamento terrestre devem manter as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.
d) os meios orgânicos do Sistema em deslocamento marítimo devem manter as condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.
e) os meios orgânicos do Sistema em deslocamento fluvial devem manter as condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.
f) os meios orgânicos do Sistema em operação devem manter as condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.
8.4) Recursos Externos
Os meios orgânicos do Sistema de Míssil Superfície-Ar de Média Altura +- devem ser alimentados por fonte de energia elétrica,com frequência variando de 50 (cinquenta) Hz a 60 (sessenta) Hz, bem como tensão variando de 127 (cento e vinte e sete) Volts a 220 duzentos e vinte) Volts, conforme legislação em vigor, estabelecendo variações de tensão e frequência máximas permitidas para consumidores comerciais de energia elétrica, além dos recursos internos provenientes dos grupos geradores, como alternativa.
8.5) Função Engajar Alvos
a) o Sistema deve possuir modo m manual e automático, em todo o processo de aquisição e engajamento de alvos pelo sistema.
b) o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 30.000 (trinta mil) metros de alcance horizontal e entre 30 (trinta) metros a 15.000 (quinze mil)metros de alcance vertical.
c) o Sistema deve engajar no mínimo 4 (quatro) alvos simultaneamente na zona de emprego do sistema.
d) o Sistema deve possuir probabilidade de neutralização do alvo (PKILL) de 80% (oitenta por cento) no mínimo, consideradas as ameaças aeroespaciais e os limites estabelecidos no requisito absoluto
8.5, letra b.
e) o Sistema deve engajar com efetividade ameaças aeroespaciais com velocidades de no mínimo até MACH 3.
f) o Sistema deve fornecer manuais técnicos e demais fontes de consulta no idioma inglês, quando não disponível no idioma português.
1) deve controlar em vôo no mínimo 8 (oito) mísseis simultaneamente, na zona de emprego do sistema.
2) deve possuir capacidade para engajamento de ameaças aeroespaciais em 360º (trezentos e sessenta graus), sem a necessidade de movimentar a sua plataforma.
3) deve apresentar condições de mobilidade que permitam seu posicionamento nas áreas de atuação, utilizando apenas um reboque ou viatura sobre rodas para sua movimentação, no caso de plataformas terrestres.
4) deve prover alvos aéreos compatíveis com os parâmetros técnicos de treinamento real do sistema.
5) deve possuir condições que permitam seu posicionamento e transporte como “carga externa”, a ser realizada em helicóptero para transporte de carga (ex.: Eurocopter 725).
6) deve possuir vida útil mínima de 20 (vinte) anos, incluindo as devidas revitalizações (middle age update).
7) deve possibilitar a sua utilização em veículos fabricados no Brasil, como plataformas do Sistema Antiaéreo, no caso de plataformas terrestres.
8) deve fornecer manuais técnicos e demais fontes de consulta no idioma português.
9) deve oferecer enlaces alternativos para estabelecer Comando e Controle (C2) entre os componentes do Sistema Antiaéreo,tais como: cabos de fibra ótica, antenas de micro-ondas, dentre outros, no caso de plataformas terrestres.
10) deve permitir operação remota do radar de vigilância/busca e em posição protegida, a fim de evitar o engajamento por armamento ar-solo antirradiação.
1) deve oferecer proteção contra ameaças Químicas, Biológicas, Radiológicas e Nucleares (QBRN) aos seus operadores.
2) deve possuir uma arquitetura funcional que possibilite o carregamento dos mísseis sem demandar o emprego de viaturas especiais, no caso de plataformas terrestres.
3) deve oferecer um Módulo de Simulação incorporado ao próprio sistema, evitando a necessidade de aquisição deste equipamento como acessório. 

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Cinco novas corvetas da "classe Tamandaré" a caminho!


Atualizando o furo exclusivo anunciado por ALIDE em 23 de agosto, apuramos hoje que muitas das inferências adiantadas por ALIDE naquela matéria estão absolutamente em linha com os planos atuais da Marinha. Confiram!

a) A classe dos novos navios é conhecida dentro da Marinha como "Corveta Barroso Modificada", e não "Modernizada" termo este que, provavelmente, implicaria num programa de atualização de meia vida, como foi o ModFrag das fragatas Niterói.
b) Este novo programa é absolutamente paralelo ao Prosuper, para a MB as novas fragatas de 6000tons são "indispensáveis".
c) Este programa é realmente considerado na MB como sendo apenas "um passo acima" ao programa de construção de NPas de 500tons. As novas corvetas igualmente serão construídas em estaleiros brasileiros privados.
d) O desenho do casco da nova classe será rigorosamente o mesmo utilizado na Corveta Barroso. Por esta razão, não haverá qualquer gasto a ser realizado na área de hidro-dinâmica na nova classe.
e) O Centro de Projeto de Navios (CPN), localizado dentro do Arsenal de Marinha, já se encontra no processo de discutir internamente as características que devem ser implementadas nessa nova classe de corvetas. No entanto, não se iniciaram ainda a elaboração dos seus primeiros desenhos de configuração.
f) Não foi fechada ainda a seleção dos sensores a serem utilizados na nova classe.
g) Mísseis de defesa de ponto são desejados, mas ainda não se tem claro a oportunidade e os riscos ligados ao seu uso na nova classe.
h) O sistema de combate Siconta 3 instalado na Barroso é considerado "um sucesso" e deve, por isso, ser reutilizado nas novas corvetas.
i) A Marinha tem esperança de que seja possível comprar CINCO navios desta classe na primeira encomenda, e não apenas quatro como relatamos anteriormente.
j) Existe uma fortíssima possibilidade do próximo navio ser batizado de "Corveta Tamandaré". Segundo uma fonte de ALIDE, daquelas bem "estreladas", a Barroso, a despeito de seu deslocamento modesto, recebeu este nome tão importante na MB devido à expectativa de sua grande contribuição para o desenvolvimento continuado da indústria nacional de navios militares. Nada mais natural que a geração seguinte de corvetas nacionais também receba um nome de imensa tradição e respeito dentro da história da MB.
k) Embora não haja nenhuma verba já firmemente comprometida com este programa, o Ministério da Defesa já se encontra devidamente briefado e já apóia o programa construção das novas corvetas.
Alide ainda apurou algumas outras novidades sobre o andamento de outros programas de reaparelhamento da MB:
Navio de Propósitos Múltiplos (NPM): Segundo o desejo da MB neste momento, este novo navio deve ser um derivado da classe Mistral (ou de um de seus rivais internacionais) com um projeto modificado no Brasil para ter uma ainda maior "polivalência". Ele terá capacidade para ser usado no dia a dia como navio tanque, com sistema de mangotes e cabo de aço de suporte. A versão brasileira deverá ter grandes tanques internos onde transportará muito maiores quantidades de combustível de aviação e MAR-C para "alimentar" os navios da Esquadra e seus meios aéreos. Para atender aos desejos da MB, este modelo será otimizado ainda para realizar, adicionalmente, o transporte de munição e de contêineres de carga militar.
Navio Aeródromo: Segundo informação levantada junto aos participantes do RFI do ProNAe para que a MB possa desenvolver no Brasil sua próxima classe de navio aeródromo, a Marinha terá que dispor de nada menos que SEICENTOS engenheiros navais apenas para dedicar a este programa. Este número, segundo as mesmas fontes de ALIDE, são comparáveis com o número total de engenheiros existente em TODA a Marinha. Os planos em curso na Diretoria de Pessoal da Marinha não prevêem ainda uma equipe deste porte para este programa.

Fonte: ALIDE SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Brasil moderniza estruturas de defesa da Guiana e do Suriname


A estrutura da Defesa da Guiana e do Suriname, os dois menores países da fronteira norte do Brasil, será modernizada com o suporte da indústria e das organizações militares do País. Ontem, o ministro da Defesa, Celso Amorim, esteve em Georgetown, a capital da Guiana, com o presidente, Donald Ramotar, e o secretário de Defesa, Roger Luncheon. Na pauta, a necessidade de aumentar a vigilância da fronteira. Mais tarde, com a ministra de Relações Exteriores, Carolyn Rodrigues-Birkett, foi discutida a preocupação de ambos os governos com o crescente número de garimpeiros clandestinos, "cerca de 35 mil na região", conforme o porta-voz, Edmond Blond.
Há mais que isso. As Forças de Defesa da Guiana têm 1.100 militares - 900 homens e mulheres no Exército, 100 na Aeronáutica e 100 na Marinha; Guarda Costeira e Patrulha Fluvial, basicamente. A população total é estimada em 800 mil pessoas.
A tropa já usa equipamento do Brasil. São 6 velhos Cascavel armados com canhão de 90 mm, e 11 blindados Urutu, de transporte anfíbi0. Para melhorar a segurança da divisa com o Brasil, será necessário criar ao menos um esquadrão aéreo de ataque leve, dotado dos turboélices Super Tucano, da Embraer.
Além disso, o intercâmbio de oficiais nos centros militares de formação e especialização brasileiros está em negociação.
A Guiana tem uma certa preocupação com a Venezuela, que mantém em aberto uma pendência territorial na tríplice fronteira com o Brasil. A FAB construiu uma pista a 6,5 quilômetros dos territórios dos dois vizinhos.
Amorim chega hoje de manhã a Paramaribo, capital do Suriname. Há sete meses, o ministro da Defesa surinamês, Lamouré Latour, esteve com o colega brasileiro na fábrica da Embraer, em São José dos Campos (SP). Na agenda, a aquisição de dois a quatro Super Tucanos. navios-patrulha leves, de 500 toneladas, e a revitalização da frota de blindados fornecidos pelo Brasil em 1983. "De quebra, gostaria de ter acesso aos dados captados pelo Sistema de Proteção da Amazônia", disse o presidente Dési Bouterse. Aí, acreditam especialistas, há um problema. O DEA, principal agência americana de repressão ao narcotráfico, qualifica o país de 487 mil habitantes e 1.840 soldados como importante conexão das rotas internacionais de circulação de cocaína
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