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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Participação da Mectron na revitalização do EXOCET viabilizou o desenvolvimento do Míssil Antinavio Nacional (MAN-SUP)

O lançamento de um míssil EXOCET realizado pela Marinha do Brasil em 18/04/2012 representou o sucesso de um programa de revitalização de um lote deste armamento em poder do Brasil e também atestou a capacidade tecnológica da indústria nacional, em particular da Mectron, para o desenvolvimento de um míssil desta mesma classe: o MAN-SUP (Míssil Antinavio Nacional - versão Superfície-Superfície).
Mísseis antinavio, ao lado de porta-aviões para ações de ataque e submarinos para ações de defesa, são considerados elementos essenciais para qualquer força naval moderna e bem equipada na defesa de suas águas territoriais. Quando a Marinha do Brasil, detentora de um lote de mísseis antinavios EXOCET modelo MM40, deparou-se com a necessidade de revitalizá-los — nestes casos, o principal motivo é que, após um período aproximado de 10 anos, o propelente do motor-foguete perde suas propriedades químicas, sendo necessário "recarregá-lo" — ela tomou uma decisão estratégica: apostar na capacidade tecnológica da indústria nacional. Avibras e Mectron foram as empresas selecionadas para tal desafio, a primeira delas para o fornecimento de um novo propulsor e a Mectron para o fornecimento de um sistema de telemetria que possibilitasse monitorar e avaliar o desempenho do míssil. O programa contou ainda com a participação da MBDA, empresa europeia fabricante original do armamento.
O sistema de telemetria desenvolvido pela Mectron é composto por uma unidade transmissora, que substitui a parte explosiva do míssil para transmitir vários parâmetros do seu funcionamento, tanto antes do lançamento como em voo, e estações de recepção de telemetria embarcadas em helicópteros.
"Os conhecimentos adquiridos pela Mectron no programa de revitalização do EXOCET, aliados à reconhecida capacitação tecnológica da empresa no desenvolvimento de armamentos inteligentes como o MAA-1, MAA-1B, MSS 1.2 e MAR-1, inspirou confiança na Marinha para o desenvolvimento de um míssil antinavio nacional. Poucos países no mundo tem capacidade para fazê-lo", afirma Robson Duarte, Gerente do Projeto do Sistema de Telemetria. Mesmo antes do bem sucedido lançamento do EXOCET ocorrido agora em abril, a Marinha do Brasil já assinara em dezembro de 2011 o contrato de desenvolvimento do MAN-SUP. Neste programa, os subsistemas sob responsabilidade da Mectron são o Compartimento de Vante (Eletrônica de Processamento de Sinais/Controle e Guiagem), o Compartimento de Ré (Atuadores e Superfícies de Controle) e todo Sistema de Telemetria. Além da Mectron, as empresas Avibras, Atech e Omnisys também participam do programa, cujo lançamento do primeiro protótipo está previsto para 2017.

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Common Anti-Air míssil

Os trabalhos do projeto CAAM (Common Anti-Air Modular Missile) continuam. O míssil deve entrar em serviço em 2016 nas forças britânicas substituindo os mísseis Rapier e Sea Wolf. O CAMM é baseado no míssil ASRAAM. A versão terrestre terá alcance de 25 km (contra 8 km do Sea Wolf). As versões terrestres e navais terão barbatanas dobráveis para disparo vertical. Serão disparados com a técnica “soft vertical launch” sendo ejetados do tubo por um pistão. Pequenos motores foguetes irão direcionar o míssil para o alvo antes do motor foguete principal ser acionado. A imagem acima mostra os testes de disparo do lançador terrestre. Sem a necessidade de tubos de desvio da fumaça do motor e por ter um corpo de menor diâmetro será possível instalar quatro mísseis no lugar de um lançador vertical do Sea Wolf. O CAAM usará guiamento terminal por infravermelho com atualização de dados por datalink. A versão ar-ar poderá ser uma família de mísseis com sensores ativos e passivos.
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Israel se absterá de atacar o Irã antes das eleições norte-


Israel se absterá de atacar o Irã antes das eleições norte-americanas se os EUA prometerem começar eles próprios uma operação militar na primavera. Esse é, aparentemente, o ponto principal de um secreto acordo prévio, ao qual os líderes dos dois países retornarão em setembro, à margem da Assembleia Geral da ONU.

Esse vazamento apareceu na mídia israelense na véspera de uma nova rodada de negociações sobre a questão nuclear iraniana. Segundo peritos, isso pode ser um pedido oculto aos Estados Unidos para aumentarem sua ajuda.
O acordo ao qual se refere a mídia foi elaborado a nível de assessores dos líderes dos dois países, Tom Donilon e Ron Dermer. Ele contém outras clausulas também. Se não houver progresso na resolução do problema iraniano, Barack Obama deve notificar por escrito o Congresso sobre sua decisão de usar a força militar para evitar a criação de uma bomba nuclear iraniana. E mais perto das eleições de novembro nos EUA, Obama irá dar um discurso no parlamento israelense e se comprometerá publicamente a usar a força. Se os procedimentos forem cumpridos, Israel concordará em adiar o ataque, diz a publicação.
Nos últimos meses, os Estados Unidos tem restringido de todos modos a retórica beligerante de Israel em relação ao Irã. No âmbito deste esforço, em 14 de agosto o chefe do Pentágono Leon Panetta apontou em seu discurso para a incapacidade de Israel de causar sérios danos a instalações nucleares iranianas. Os americanos estão tentando ganhar tempo para dar outra chance à diplomacia. Portanto, tal acordo poderia muito bem existir, acredita o perito do Instituto de Estudos Orientais, Liudmila Kulechova:
“A América está tentando por todos os meios chegar a um acordo com o Irã. Especialmente agora, quando a situação econômica e financeira no Irã está bastante difícil. Por causa disso, ele pode fazer algumas concessões em seu programa nuclear. Eu acho que até a primavera será esclarecido o problema com a Síria, o que também é muito importante. Obama disse recentemente que ele está quase pronto para intervir na Síria. E depois há a questão do Irã. Isso é difícil até para a América.”
Existe um outro ponto de vista: um ataque militar contra o Irã é pouco provável. Esta conclusão foi publicada no recente relatório de Shai Feldman – um grande perito israelense sobre o triângulo de relações Washington-Teerã-Tel Aviv. O chefe do Centro de Estudos Orientais da Academia Diplomática do Ministério das Relações Exteriores russo, Andrei Volodin, concorda com sua opinião:
“Uma operação militar contra o Irã é loucura. A América precisa destacar pelo menos um milhão de soldados e mais de 2 mil aviões. Ela não tem tal capacidade. Qualquer outra operação, exceto por terra, não terá muito efeito. Uma operação limitada só irá acelerar a criação de armas nucleares pelo Irã. Por enquanto, a decisão política de sua produção ainda não foi tomada.”
O relato sobre o suposto acordo secreto não é uma tentativa de influenciar Teerã antes da nova rodada de negociações. Seus autores certamente pensam sobriamente, continua Andrei Volodin:
“O vazamento está relacionado com a pressão dos círculos dirigentes israelenses sobre os EUA. É um desejo de usar as contradições entre os dois principais candidatos presidenciais – Barack Obama e Mitt Romney. Israel acredita que precisamente antes da votação decisiva em novembro pode ganhar ainda mais concessões tanto do lado do presidente, como da parte dos republicanos, concorrentes para a presidência.”
Segundo o perito, quando a publicação funcionar, Israel receberá dos EUA uma ajuda militar e financeira ainda maior. Não há dúvidas disso. Até agora, todos os seus pedidos têm sido totalmente satisfeitos
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Indústria bélica do Brasil em pleno auge


indústria de defesa do Brasil está no auge, prestes a passar por um “boom”, apoiada por incentivos públicos em um país empenhado em modernizar suas Forças Armadas e criar um parque industrial com tecnologia de ponta e de exportação.
“Os empresários estão felizes, veem um caminho positivo, existe uma vontade de crescer e investir; há cinco anos a situação era oposta”, explica à AFP o vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), Carlos Pieratoni Gamboa.
A ABIMDE, que compreende 170 empresas, espera investimentos de US$ 120 bilhões a longo prazo e, para 2020, projeta duplicar os 25 mil empregos diretos que gera e elevar as exportações anuais do atual US$ 1,7 bilhão para US$ 4 bilhões.
O Brasil, a sexta economia mundial e com um enorme território de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, busca proteger milhares de quilômetros de fronteira e gigantescas reservas petrolíferas oceânicas, garantir a segurança na Copa do Mundo 2014 e nos Jogos Olímpicos 2016 no Rio, além de melhorar seu desempenho no combate aos desastres naturais.
O país, que já foi o oitavo exportador mundial de produtos de defesa nos anos 80 e que hoje não passa do 30º lugar, segundo dados do setor, tem as maiores Forças Armadas da região, embora elas estejam dizimadas por mais de duas décadas sem investimentos em equipamentos.
A relação da presidente e ex-guerrilheira Dilma Rousseff com os militares passou por momentos de tensão com a criação da Comissão da Verdade, que investigará torturas e desaparecimentos durante a ditadura (1964-1985). Mas ela e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva também propiciaram o atual auge do setor ao retomarem os investimentos em equipamentos e considerarem estratégica uma indústria bélica nacional.
O Brasil lançou em 2008 “uma estratégia nacional de defesa” e neste ano Dilma Rousseff aprovou um plano de incentivos à produção e compras nacionais.
O Brasil comprou submarinos e helicópteros da França, com a condição de que este país transfira tecnologia e produção para o território brasileiro, ressuscitou o projeto de um submarino nuclear que pretende começar a construir em 2016 e tem pendente a compra de 36 caças.
“Necessitamos dessa indústria porque é estratégica em nossa soberania: pelo tamanho do nosso território, pela extensão das nossas fronteiras e por termos sido agraciados com enormes riquezas”, garante Rousseff.
A política brasileira já atrai empresas internacionais que buscam mercados em um mundo em crise.
“Há um nítido movimento de empresas estrangeiras buscando as brasileiras para associar-se”, uma estratégia que garante ao Brasil a transferência de tecnologia e aos estrangeiros o acesso a compras públicas que priorizam a indústria nacional, explica à AFP Oswaldo Luiz Guimarães, gerente de engenharia da brasileira Jaraguá.
Esta empresa, que está ampliando sua área de defesa para aproveitar o bom momento, associou-se à italiana Oto Melara para fabricar canhões no Brasil e instalar um centro de assistência para a América Latina.
O Brasil vê como mercados naturais seus vizinhos e outros países em desenvolvimento, com os quais intensificou a cooperação militar e industrial.
Vários países latino-americanos participam de projetos como o desenvolvimento do novo avião de carga KC-390 da empresa aeronáutica Embraer, com indústrias da Argentina, Chile e Colômbia, que também o compraram.
Para o diretor da página especializada na internet Defesanet, Nelson During, essa estratégia permite ao país ganhar clientes e contribui com uma indústria regional, ao mesmo tempo em que dilui o temor com um crescimento militar brasileiro.
A brasileira Flight Technologies, que no fim de semana passado participou da primeira exposição da indústria de defesa em Brasília, beneficia-se dessas políticas: desenvolve aeronaves não tripuladas para proteger as fronteiras e já desperta interesse nos países vizinhos, explica à AFP seu gerente comercial, Noli Kozenieski.
O orçamento para defesa no Brasil foi o 10º do mundo em 2011, com US$ 36,6 bilhões, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IIES), ainda que tradicionalmente mais de 80 por cento sejam para o pagamento de pessoal. Muitos investimentos, como a compra de aviões de caça, foram protelados.
Segundo dados do Ministério da Defesa, o Brasil investe 1,5 por cento do PIB em defesa, menos do que alguns vizinhos e grandes países emergentes, embora os incentivos e algumas partidas adicionais prometam beneficiar o setor.

“A situação é promissora” para a indústria brasileira, mas enfrenta desafios: que o governo garanta os investimentos que pretende apesar da crise e que o Brasil consiga posicionar-se nesse mercado altamente tecnológico e competitivo, além dos grandes exportadores como a Embraer, disse During à AFP...SEGURANÇA NACIONAL BLOG
 

Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarinos da Marinha recebe novas aeronaves

Rio de Janeiro, 23/08/2012 – A Marinha do Brasil celebrou, na manhã desta quinta-feira, a assinatura de termo de transferência de subordinação de quatro helicópteros SeaHawk (MH-16), para serem incorporados ao Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarinos da força naval.

Dois deles foram apresentados em cerimônia realizada hoje, na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ) – um em sobrevoo e outro no pátio. As demais unidades chegarão ainda este ano. Até 2014, mais duas aeronaves do mesmo modelo serão recebidas, totalizando seis novos SeaHawk para a Marinha.

Fabricados pela empresa americana Sikorsky, os Seahawks são aptos para missões costeiras e oceânicas. Possuem sistema de abastecimento que permite 5 horas ininterruptas de voo, podendo atingir velocidade máxima de 160 nós (o equivalente a mais de 290 km/h).

As aeronaves são também equipadas com sensores de última geração, metralhadora lateral, torpedos anti-submarino e míssil anti-navio.

A assinatura de incorporação dos helicópteros foi acompanhada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Segundo ele, a nova aquisição vai ajudar a modernizar a Marinha e a proteger a região marítima do país. “Não podemos nos descuidar de nossas riquezas, entre as quais o pré-sal”, afirmou.

Os helicópteros serão usados na vigilância da chamada “Amazônia Azul”, em atividades de detecção, localização, acompanhamento, identificação e ataque a submarinos e alvos de superfície, além de ações de busca e salvamento. Eles vão substituir os Seaking (SH-3A/B), usados por mais de 40 anos pela Aviação Naval.

Em Ordem do Dia lida na solenidade, o diretor-geral do Material da Marinha, almirante-de-esquadra Arthur Pires Ramos, ressaltou que é um marco na história da Força adquirir equipamentos “mais modernos”, que representam significativo “avanço tecnológico”. Ele lembrou, ainda, que a compra faz parte do programa de reaparelhamento da Marinha.

Estiveram presentes ao evento, que comemorou também o 96° aniversário da aviação naval, o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto; o comandante de Operações Navais, almirante-de-esquadra Max Roffé Hirschfeld; o comandante da Força Aeronaval, contra-almirante Victor Cardoso Gomes; veteranos e demais autori
dades civis e militares.
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