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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Alcântara: Chegam os tanques de combustíveis do Cyclone 4


Os primeiros equipamentos terrestres de grande porte destinados ao sítio de lançamento da empresa brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space (ACS) começam a chegar, na próxima semana, ao porto de Itaqui, no Maranhão.

A ACS foi criada para oferecer ao mercado mundial lançamentos seguros, econômicos e competitivos, por meio do foguete Cyclone-4, considerado de alta confiabilidade, a partir do Centre de Alcântara, apreciado como um local privilegiado para orbitar satélites.

A primeira carga a ser desembarcada é constituída de 15 tanques de combustível para o sistema de abastecimento do LC (Líquido Combustível) e seus assessórios de montagem. Para o transporte de todo esse material serão utilizadas cerca de 20 carretas e guindastes com capacidade entre 30 e 40 toneladas.

O primeiro voo do Cyclone 4 – o chamado “voo de qualificação” – está previsto para o final de 2013. O prédio (TC-100) para a montagem, integração e teste da carga útil, situado no Complexo Técnico do Sítio de Lançamento, está entre as partes mais adiantadas da obra. Lá serão preparados os satélites que sairão já encapsulados da unidade de carga útil  para se acoplarem aos estágios propulsores do Cyclone-4 no prédio vizinho, o TC-200.

Outra obra adiantada é o TC-200, a ser usado para montagem, integração e teste do veículo lançador. Ali será montado o Cyclone-4, um gigante de 40 metros de comprimento, três metros de diâmetro e coifa (ponta) com quatro metros de largura. Ele é capaz de lançar 5.300 kg em órbita baixa (até 500 km de altitude), 1.600 kg em órbita de transferência geoestacionária e 3.800 kg em órbita heliossíncrona (órbitas especiais projetadas para que, quando o satélite sobrevoa o ponto de interesse, seja sempre dia).

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) têm mantido a média seis a oito lançamentos por ano desde 2008. Somente entre março e abril deste ano, o CLA lançou três foguetes de treinamento básico. Para agosto, está previsto o lançamento de um foguete de treinamento intermediário e, até o fim do ano, outro foguete de treinamento básico.
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Submarino do Irã pode alimentar temores nucleares do Ocidente


FREDRIK DAHL - Reuters
O anúncio do Irã de que planeja construir seu primeiro submarino abastecido por energia nuclear alimentou especulações de que isso poderia servir de pretexto para o Estado islâmico produzir urânio altamente enriquecido e se aproximar do material potencial para bomba atômica.
Especialistas ocidentais duvidam que o Irã -que está sob um embargo de armas da ONU- tem a capacidade para a qualquer momento em breve fazer o tipo de embarcação subaquática sofisticada que somente as potências mais poderosas do mundo têm atualmente.
Mas eles dizem que o Irã poderia usar o plano para justificar mais atividade atômica, porque os submarinos nucleares podem ser alimentados por urânio refinado a um nível que também seria adequado para o núcleo explosivo de uma ogiva nuclear.
"Tais submarinos usam frequentemente UAE (urânio altamente enriquecido)", disse o ex-inspetor-chefe nuclear da ONU Olli Heinonen, acrescentando que era pouco provável que o Irã fosse buscar o combustível no exterior por causa da disputa internacional sobre seu programa nuclear.
O país poderia, então, "citar a falta de fornecedores de combustíveis estrangeiros como justificativa para continuar em seu caminho de enriquecimento de urânio", afirmou Heinonen, atualmente no Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais da Universidade de Harvard.
Qualquer movimento por parte do Irã para enriquecer o urânio a um grau maior de pureza iria alarmar os Estados Unidos e seus aliados, que suspeitam que o país esteja tentando desenvolver a capacidade para fazer bombas nucleares e querem que ele interrompa seu programa nuclear. Teerã nega qualquer ambição de armas atômicas.
Isso também poderia complicar ainda mais os esforços diplomáticos para resolver a disputa que já dura uma década sobre o programa nuclear de Teerã e pode aumentar os temores de um confronto militar.
Várias rodadas de conversações entre o Irã e seis potências mundiais este ano até agora não conseguiram fazer progressos significativos, especialmente sobre sua exigência de que a República Islâmica diminua seu controverso trabalho de enriquecimento.
"O Irã está usando este anúncio submarino para criar poder de barganha", disse Shashank Joshi, pesquisador sênior e especialista em Oriente Médio no Royal United Services Institute.
"Ele pode negociar fora esses 'planos' para concessões, ou utilizar os planos como um pretexto útil para a sua atividade de enriquecimento."
O vice-comandante da Marinha iraniana, Abbas Zamini, foi citado no mês passado como tendo dito que "os passos preliminares em fazer um submarino atômico já começaram".
Ele não disse como um navio desse tipo poderia ser abastecido, mas os especialistas afirmaram que pode exigir alto grau de urânio.
(Reportagem adicional de Yeganeh Torbati e Marcus George, em Dubai) 
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