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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Telescópio Kepler dá pistas sobre impacto de explosão solar sobre a Terra


O telescópio espacial Kepler vem fornecendo novas descobertas sobre as colossais explosões que podem afligir algumas estrelas.
Lançamentos de energia magnética podem danificar atmosfera - BBC
BBC
Lançamentos de energia magnética podem danificar atmosfera
Estes lançamentos enormes de energia magnética - conhecidos como "super flares" (super chamas, na tradução literal) - podem danificar a atmosfera de um planeta em órbita nas proximidades, colocando em risco as formas de vida que eventualmente residam ali.
Felizmente o Kepler mostra que as "super flares" são muito menos frequentes em estrelas de baixa rotação, como nosso Sol. O telescópio da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, observa 100 mil estrelas em um pedaço de céu entre 600 e 3 mil anos-luz da Terra.
As novas observações foram relatadas na revista Nature.
A maior explosão solar registrada foi provavelmente o evento conhecido como "Carrington", em 1º de Setembro de 1859.
Descrito pelo astrônomo inglês Richard Carrington, essa explosão enviou uma onda de radiação eletromagnética e partículas carregadas em direção à Terra.
Os campos magnéticos embutidos na bolha de matéria atingiram o próprio campo magnético da Terra, produzindo luzes espetaculares, semelhantes à aurora boreal. Os campos elétricos gerados interromperam as comunicações por telégrafo na época.
Surpreendentemente, a explosão solar Carrington é insignificante se comparada a alguns dos eventos observados pelo Kepler. Os super flares podem ser 10 mil vezes mais fortes.
Interações magnéticas
O Kepler busca rastrear mudanças na luz gerada pelas explosões que possam indicar se planetas em órbita mudaram de posição em relação a estas estrelas. Mas, ao fazer essas observações, o Kepler também está reunindo informações sobre o brilho repentino associado às super flares.
Hiroyuki Maehara, da Universidade de Kyoto, no Japão, e seus colegas revisaram estes dados para compilar estatísticas sobre a frequência e o tamanho dos super flares.
O Kepler observou um total de 365 super flares durante 120 dias.
Os números confirmam que muito poucas (0,2%) estrelas semelhantes ao Sol apresentam explosões desta magnitude.
Isso pode ser explicado por padrões que indicam que as super flares podem ser causadas por interações magnéticas entre planetas gigantes e as estrelas - algo diferente do que vemos em nosso sistema solar, no qual Júpiter e Saturno orbitam longe do Sol.
Uma outra observação interessante do Kepler é de que as estrelas que têm super flares exibem áreas de baixa temperatura extremamente grandes, em contraposição às altas temperaturas em seu entorno.
Carrington identificou um conjunto de pontos de baixa temperatura associados à famosa explosão solar de 1859. No entanto, estes pontos seriam ínfimos se comparados com os associados às super flares vistas por Kepler.
Os cientistas há muito especulam sobre o impacto que uma super flare em nosso sol pode ter na Terra. A expectativa é de que o fenômeno iria varrer a camada de ozônio, levando ao aumento da radiação ao nível do solo. Extinções generalizadas poderiam acontecer.
Há um outro lado disso, no entanto. Em alguns sistemas planetários distantes, super flares podem gerar condições para existência de vida, fornecendo energia suficiente às atmosferas desses mundos para iniciar a química necessária para o desenvolvimento biológico. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. segurança nacional

EUA já têm um plano pronto para atacar o Irã


ERUSALÉM - O Estado de S.Paulo
Os Estados Unidos têm planos para atacar o Irã se isso for necessário para impedir o país persa de desenvolver armas nucleares. Foi o que afirmou o embaixador americano em Israel dias antes de uma rodada crucial de conversações com Teerã.
A mensagem de Dan Shapiro ecoou ontem bem além do fórum fechado em que foi emitida: o Irã não deve testar a determinação de Washington de cumprir sua promessa de atacar o país, se a diplomacia e as sanções não convencerem Teerã a abandonar seu contestado programa nuclear.
Shapiro afirmou na Associação de Advogados de Israel que os EUA esperam não ter de recorrer à força militar. "Mas isso não significa que a opção não está disponível. Não só é possível, mas está pronta", disse ele. "O planejamento necessário já foi feito para garantir que seja colocado em prática imediatamente."
O Irã diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos, como a produção de energia. EUA e Israel suspeitam que a intenção do país seja produzir armas nucleares, mas divergem sobre como convencer Teerã a interromper o seu programa. Washington diz que é preciso dar uma chance à diplomacia e às sanções econômicas e está liderando as atuais conversações entre seis potências globais e o Irã.
Embora Israel afirme preferir uma solução diplomática, tem manifestado ceticismo com relação às conversações e afirma que o tempo está se esgotando para uma ação militar ser eficaz.
O presidente Barack Obama assegurou a Israel que os EUA estão preparados para lançar uma ação militar se for necessário. Mas os comentários de Shapiro foram o sinal mais flagrante de que os preparativos se intensificaram.
No seu discurso, Shapiro reconheceu que o tempo está se esgotando. "Achamos que há tempo. Algum tempo, não um tempo ilimitado", disse ele. "Mas num determinado ponto teremos de fazer uma avaliação de que a diplomacia não funcionará."
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, estão se preparando para uma reunião com o Irã na quarta-feira em Bagdá. Logo após o encontro, a agência de energia atômica dos EUA deve divulgar seu último relatório sobre as atividades nucleares do Irã.
Em Teerã, o chefe dos negociadores iranianos, Saeed Jalili, fez uma advertência contra a pressão ocidental nas conversações de quarta-feira, que se seguem às negociações em Istambul no mês passado, consideradas positivas por ambas as partes.
"Temos de discutir cooperação em Bagdá", disse Jalili, na TV estatal iraniana. "Alguns dizem que o tempo está se esgotando para as negociações", acrescentou. "Afirmo que o tempo para a estratégia de pressão (ocidental) já está acabando."
Quatro resoluções da ONU estabelecendo sanções contra o Irã não convenceram o país a suspender o enriquecimento de urânio, processo que pode ser usado para fins civis ou para a produção de uma bomba. Mas medidas recentes adotadas pelos EUA e países europeus, incluindo um embargo de petróleo e sanções bancárias e financeiras, afetaram a economia iraniana.
Para Israel, uma bomba atômica nas mãos do Irã é uma ameaça à sobrevivência do Estado judeu e os israelenses têm feito uma campanha diplomática feroz contra o programa nuclear iraniano. / AP segurança nacional