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sexta-feira, 23 de março de 2012

Bloomberg avaliou grupo BRICS


De acordo com um estudo da agência Bloomberg, a Rússia, a Índia e a China constam no rating dos melhores países para a promoção de negócios. Os peritos constatam que, durante o ano passado, estes países conseguiram diminuir as despesas com que os empresários arcam e melhorar outros índices de investimento. Ao mesmo tempo, eles reputam que, para melhorar as suas posições, Moscou deve resolver o problema de corrupção e diminuir a influência do Estado sobre a economia.
A agência Bloomberg analisou os índices de 160 países, mas pôs na lista final apenas cinquenta deles, incluindo a Rússia. Foram avaliados os seguintes critérios: o grau de integração econômica, a dependência em relação ao mercado global, o custo da mão-de-obra, o custo de transporte de produtos, etc. Foi também levado em consideração se o país faz parte da Organização Mundial de Comércio, ou não. “Bloomberg” pôs em primeiro lugar Hong-Kong. Os EUA estão em terceiro lugar. Mas, de acordo com os dados dos analistas da agência, são especialmente interessantes os índices dos países emergentes, sobretudo dos que integram o grupo BRICS. Portanto, a China, a Rússia e a Índia constam na lista de países que melhoraram sensivelmente as suas posições. O progresso é evidente se levarmos em consideração os índices macroeconómicos dos maiores países, - afirma o economista Maksim Braterski.
No tocante a alguns índices a Rússia ultrapassa os seus vizinhos no BRICS. Isto diz respeito, em particular, ao grau da dependência em relação ao comércio mundial e à capacidade aquisitiva da população. Quanto ao último critério, estamos bem perto do líder do rating, a Alemanha. Grandes despesas com o transporte exercem influência negativa sobre o rating da Rússia, mas o seu ingresso na Organização Mundial de Comércio pode ajudar a resolver estes problemas, - reputa o economista Aleksei Deviatov.
"As estimativas da Bloomberg são adequadas. Com efeito, a Rússia é um grande mercado que ainda não está saturado apesar de vinte anos de existência da economia de mercado. O nível de tarifas é relativamente baixo, da ordem de 10%, o que corresponde ao nível médio de tarifas de importação. Depois do ingresso da Rússia na Organização Mundial de Comércio este índice vai baixar aproximadamente ao nível de 7-8 %. Portanto, o potencial é bom. Temos outros problemas, relacionados certos aspetos nacionais, bastante bem conhecidos – a burocracia, a corrupção, etc. Estes problemas são realmente graves. Se for possível resolvê-los, teremos excelentes perspetivas."
Maksim Braterski reputa que o rating da Bloomberg é interessante por ter adotado um enfoque novo e mais ponderado em relação a economias emergentes e aos índices da Rússia.
"As conclusões são bastante interessantes, é possível que se trate da tendência de reavaliação do mercado russo. Certamente, este processo não será rápido mas, a julgar por tudo, o primeiro passo já foi dado. Com efeito, no tocante a alguns índices, a Bloomberg nos coloca abaixo de Hong-Kong e da Alemanha. Mas isto está mais perto da realidade do que o quadro pintado por outras instituições internacionais. Se as medidas com vista a melhorar o clima de investimentos, declaradas pelo atual presidente e pelo presidente eleito, forem concretizadas, teremos chances de nos erguermos proximamente. Não espero um salto mas a situação vai melhorar."
Entre as medidas prioritárias que podem elevar o rating da Rússia aponta-se a reforma dos monopólios e o melhoramento da legislação destinada a defender a propriedade privada. Os peritos apontam também a necessidade de fazer alterações na esfera tributária. Falando a propósito, nesta esfera já se tomam medidas concretas. Na véspera, o Ministério de Desenvolvimento Econômico declarou que trabalha na esfera da chamada “manobra tributária”. Esta tarefa foi formulada por Vladimir Putin no seu artigo pré-eleitoral, dedicado a problemas econômicos.
Voz Russia Segurança nacional

Força Aérea dos EUA estende investigação de contrato de aviões


REUTERS
WASHINGTON, MAR - A Força Aérea dos Estados Unidos afirmou nesta sexta-feira que está estendendo a investigação sobre o contrato de 20 aviões de ataque leve para o Afeganistão que foi abruptamente cancelado neste mês, mas disse que espera uma decisão para as próximas semanas.
A Força Aérea havia concedido um contrato de 355 milhões de dólares para a norte-americana Sierra Nevada e a brasileira Embraer em janeiro, mas cancelou o acordo após descobrir que a licitação havia sido mal documentada.
A Siera Nevada superou a Hawker Beechcraft para fornecer 20 aviões de ataque leve para o governo do Afeganistão, com opção de aviões adicionais que poderiam levar o valor total do acordo para 1 bilhão de dólares.
(Reportagem de Andrea Shalal-Esa) 
segurança nacional

Embraer, Airbus e Boeing se unem por novo combustível


Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
GENEBRA - Diante da alta do preço do petróleo e da crise mundial, as três maiores fabricantes de aviões do mundo - Airbus, Boeing e a brasileira Embraer - se unem e firmam um raro acordo em Genebra para acelerar as pesquisas para criação de um biocombustível para a aviação. O esforço, na prática, caminha para estabelecer um padrão mundial de combustível para a próxima geração de jatos e harmonizar a corrida pela alternativa ao petróleo.
Até hoje, 1,5 mil voos testes foram realizados com biocombustíveis. Em junho, será a vez de a Embraer fazer seu primeiro voo, com a Azul. Mas o grande obstáculo, segundo as empresas, é garantir que haja a produção de um combustível a preço competitivo e um jato possa ser abastecido com o mesmo etanol no Brasil, na África ou na Europa.
"Há muita pesquisa. Mas não existe uma produção em escala que permita que seja econômico", disse ao Estado o presidente da divisão de Aviação Civil da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva. "Hoje, o preço do biocombustível é três vezes maior que o combustível que usamos."
Para superar esses desafios, a estratégia das fabricantes é de unir esforços para convencer governos a financiar pesquisas, dar incentivos a produtores e encontrar parceiros que possam fabricar em grande escala o novo combustível. Na avaliação do executivo brasileiro, o acordo permitirá uma aceleração nos resultados das pesquisas e na adoção do novo combustível no mercado.
Outro fator que promete ajudar é o envolvimento dos três maiores atores do mercado, o que garantirá que o combustível será o adotado por todo o mundo. "Há momentos para competir e há momentos para cooperar", disse Jim Albaugh, presidente da Boeing, que já tem projetos com a Embraer no Brasil.
Juntas, as três empresas concorrem por um mercado anual de US$ 100 bilhões e a disputa principalmente entre a Airbus e Boeing chega a se transformar em batalhas judiciais. Ontem, as empresas colocaram as rivalidades de lado para apostar numa alternativa. "Duas das maiores ameaças à nossa indústria são o preço do petróleo e o impacto do tráfego aéreo comercial no meio ambiente", afirmou Albaugh. Segundo ele, as patentes que sairão dessas pesquisas serão compartilhadas entre as empresas.
O objetivo do plano também é permitir que a meta do setor, de ter um crescimento neutro em emissões de CO2 após 2020, possa ocorrer. Até 2050, a meta é reduzir as emissões em 50%. "A produção de biocombustíveis é fundamental nisso", disse Tom Enders, presidente da Airbus. Para ele, porém, chegou a hora de governos abrirem seus cofres e dar incentivos à empreitada.
Guerra. A união entre as maiores fabricantes não se limita ao combustível. As três gigantes do setor deixaram claro ontem seu apelo para que a Europa abandone a ideia de exigir que empresas aéreas estrangeiras que ultrapassem um teto de emissões de CO2 a partir de 2013 sejam obrigadas a comprar créditos de carbono. China, EUA, Índia, Rússia e Brasil já assinaram um documento se opondo à iniciativa e prometendo retaliações se suas empresas forem multadas pela UE.
Enders, da europeia Airbus, disse ontem que a China já deixou de comprar seus aviões desde que a UE passou a ameaçá-la. O congelamento da encomenda de 55 jatos pode trazer prejuízos de US$ 14 bilhões à empresa e ameaçar 2 mil empregos.
As grandes empresas e governos apelaram ontem para que seja suspensa qualquer medida pelos próximos dois anos, dando espaço a um acordo no marco da Organização d a Aviação Civil Internacional (Icao). "Na prática, alguns de nossos maiores mercados poderão nos retaliar", disse Enders.
A Embraer também é contra a iniciativa. Mas acredita que o Brasil não seguirá o caminho da China de impor retaliações. "O diálogo é a característica do Brasil", disse uma fonte da empresa. Tanto a Boeing quanto a Airbus estimam que o crescimento do PIB brasileiro fará com que empresas aéreas tenham de se equipar no Brasil. "Temos ótimas perspectivas para o Brasil. Sempre que há um crescimento do PIB há um crescimento de passageiros", disse Albaugh.
 Estado de S. Paulo segurança nacional

Cargueiro espacial europeu ATV-3 é lançado com sucesso


Efe
 O terceiro veículo automático de transferência ATV-3, batizado de Edoardo Amaldi, foi lançado com sucesso desde Kourou, na Guiana Francesa, segundo informou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

O foguete, do tipo Ariane 5, decolou à 1h34 de Brasília, e minutos depois a ESA confirmou que a nave já se dirigia à estação espacial.

O Edoardo Amaldi é a carga mais pesada já transportada por um foguete Ariane e deverá chegar à Estação Internacional Espacial dentro de cinco dias.

O veículo, cujo lançamento estava previsto inicialmente para o último dia 9, transportará combustível e provisões essenciais para os astronautas da estação espacial.

A nave transportará quase 600 quilos mais de carga sólida que seu antecessor e, além de alimentos e água, leva uma peça primordial do sistema que transforma a urina dos astronautas em água potável.

O Edoardo Amaldi tem ainda outra missão, uma vez que a estação orbita a uma altura de 400 quilômetros e a cada dia cairá entre 50 e 100 metros. Por esta razão, será necessário elevá-la, pelo que o ATV, assim que acoplado, acionará seus motores e aumentará a altura do complexo.

A nave permanecerá na estação especial em torno de seis meses, convertendo-se em um novo módulo habitável
.Efe segurança nacional

É preciso aguardar antes de atacar o Irã'


ROBERTO SIMON - O Estado de S.Paulo
Ex-número 2 do Mossad, o legendário serviço de espionagem de Israel, Ilan Mizrahi não apoia um ataque "já" contra as instalações nucleares do Irã. "As sanções estão tendo um impacto cada vez maior (sobre o Irã) e temos de dar algum tempo a mais para elas agirem", argumenta, para em seguida completar: "Mas a opção militar deve permanecer sobre a mesa".
Analistas que preveem um contra-ataque imediato do Hamas e do Hezbollah em caso de guerra contra o Irã podem estar enganados, diz ainda Mizrahi. "Não acredito que a resposta será automática. Antes, pensarão no 'que' e em 'como' fazer'."
O veterano agente do Mossad não fala sobre seu passado, apenas que serviu na agência israelense por 30 anos. Sobre a "arte da espionagem", diz que a inteligência humana é ainda o recurso fundamental, "a única capaz de responder os 'porquês'". "Uma foto de satélite pode te mostrar que construíram algo em tal lugar. Mas por quê? Isso só alguém infiltrado revela." Ele conversou com o Estado em São Paulo.
A inteligência americana acredita que o Irã suspendeu em 2003 suas atividades clandestinas em busca da bomba atômica, embora tenha avançado em seu programa nuclear "regular". Como o sr. reage a essa avaliação dos EUA? O Irã já decidiu sair em busca da bomba?
Não só estão em busca, como usam todos os meios à disposição para avançar rumo à bomba. Do enriquecimento de urânio ao desenvolvimento de mísseis de longo alcance capazes de transportar uma ogiva, eles estão avançando a todo vapor e em todas as direções.
Como o sr. encara a afirmação dos EUA sobre essa possível "pausa" no programa clandestino por volta de 2003?
Nós sabemos que, em 2003, em meio à invasão do Iraque, os iranianos estavam com muito medo e enviaram uma mensagem aos EUA dizendo "estamos prontos para suspender nosso programa nuclear e até discutir nosso apoio ao terrorismo". Mas (o presidente George W.) Bush ignorou. Alguns americanos interpretaram isso como uma pausa no programa e, em 2007, a CIA voltou a falar isso - sem dizer de onde tirou a informação. Nós sabemos que eles continuam em busca da bomba com toda força.
As sanções nunca foram tão duras contra o Irã: a Europa e os EUA acabam de impor um embargo total ao petróleo iraniano. Um ataque militar, agora, é a melhor decisão ou o sr. acredita que há espaço para negociação?
Eu não acredito em negociações. Os iranianos usarão esse diálogo para enganar o mundo, como têm feito há tantos anos. Mas penso que as sanções têm um impacto cada vez maior e devemos dar algum tempo para elas agirem, pois são muito eficientes. A opção militar, porém, deve permanecer sobre a mesa.
Em razão dessas sanções, o governo iraniano será convencido de que deve parar com seu programa nuclear, mesmo para fins pacíficos?
É impossível saber como reagirão e agências de inteligência não são profetas. Trabalham com probabilidades, jamais profecias. Como (o líder supremo Ali) Khamenei reagirá? Impossível saber. A questão é que eles ainda não estão em uma posição na qual serão forçados a tomar uma decisão do tipo 'continuamos ou suspendemos o programa?' Hoje não estamos nesse ponto, embora eu tenha a certeza de que há debates em Teerã sobre essa questão.
Que tipo de debates?
Estão se perguntando não só sobre o efeito das sanções, mas também da perda de amigos. Estão vendo, por exemplo, o Hamas se distanciar. Até o Hezbollah afirmou que, caso o Irã seja atacado, a resposta no Líbano não será automática. A Primavera Árabe criou movimentos de massa contrários ao Irã, que coopera com o regime Bashar Assad nos massacres à oposição síria. Teerã internamente também tem problemas, não apenas de ordem econômica. E isso tem uma razão simples: a Revolução Islâmica está fracassando, não estão entregando o que haviam prometido em 1979. Por isso, novamente, é preciso dar tempo para as sanções agirem. E é importante notar ainda que essas medidas não teriam sido tomadas se Israel não estivesse ameaçando ir à guerra. O mundo continuaria sem fazer nada.
O sr. parece não acreditar que um ataque de Israel ao Irã será imediatamente respondido pelo Hamas e o Hezbollah.
Não acredito que haverá uma resposta automática, uma retaliação imediata do Hamas ou mesmo do Hezbollah. Antes, eles vão de pensar "no que" e em "como" fazer. Não acredito que Assad se envolva numa guerra com Israel em nome do Irã, a não ser que isso lhe sirva na luta pela sobrevivência de seu regime. Tenho minhas dúvidas sobre se teremos realmente uma guerra regional de vários fronts contra Israel. Não descarto essa possibilidade, mas não estou certo sobre ela. O Hezbollah lembrará a guerra de 2006; o Hamas, a de 2009. O poder de dissuasão de Israel está aí.
E como o sr. vê o risco de uma deriva da Síria em direção a um estado completo de guerra civil? Como isso afetará Israel?
O futuro da Primavera Árabe é desconhecido. Por enquanto, vemos que o Islã político - a Irmandade Muçulmana e suas filiais - tem vantagem. Pela ideologia desses movimentos, eles estão longe de ser amigos de Israel. Não teremos mais o Egito de (Hosni) Mubarak e não sei com que tipo de regime lidaremos na Síria depois de Bashar (Assad). Pode ser um regime que, ao longo de anos, estará ocupado internamente. Pode ser uma Irmandade hostil a Israel. Assad manteve a fronteira (com Israel) silenciosa por muitos anos, embora fosse um aliado estratégico do Hezbollah e do Irã - nossos arqui-inimigos. O que é certo é que, se Assad cair, a posição de Teerã no Oriente Médio será seriamente enfraquecida. O que ocorrerá depois, não sei.
E quanto ao risco de uma intervenção externa na Síria?
Acredito que ninguém fará isso. Agora não há o petróleo que havia no caso da Líbia e as implicações geopolíticas são totalmente diferentes. Não se sabe nem mesmo como a oposição a Assad reagiria a um ataque externo. Vamos ter um novo Iraque, com jihadistas islâmicos a caminho da Síria para lutar contra o Ocidente? A Síria pode mesmo se romper em duas partes, o que teria imensas implicações para a Turquia, que é da Otan, em razão da questão curda. Duvido que se arrisquem a esse ponto.
E no Egito, qual é o cenário?
A Irmandade gravitará em torno de dois polos: o pragmatismo de governo e o apelo de sua ideologia. Vai depender do momento. Agora, por razões táticas, eles querem se mostrar modernos e democráticos. Mas isso pode mudar a qualquer momento. Na última semana, deputados egípcios declararam no Parlamento que o inimigo ainda é e sempre será Israel. Por enquanto, não querem rever os acordos (de paz, de 1979). Veremos. Eu venho da área de inteligência e um bom agente nesse campo sempre é cheio de dúvidas e pessimista. Sou assim.
 Estado de S.Paulo segurança nacional

Espaçonave não-tripulada leva mantimentos para Estação Espacial Internacional


Um cargueiro da Agência Espacial Europeia foi lançado na Guiana Francesa com destino à Estação Espacial Internacional.
A espaçonave não-tripulada vai levar mantimentos para os astronautas da estação, inclusive alimentos e água.
O cargueiro tomou o lugar dos ônibus espaciais americanos, que prestavam esse serviço e não estão mais operando. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. segurança nacional