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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

IRIS-T para a força aérea da Espanha


Uma recente encomenda à empresa alemão Diehl, veio confirmar a opção espanhola pelo míssil de curto alcance IRIS-T para substituição do AIM-9 Sidewinder, presentemente utilizado pelas aeronaves da força aérea daquele país da Europa.

O míssil IRIS-T, que é uma modernização do sistema norte-americano, ganhou uma concorrência onde participaram a versão mais recente do Sidewinder a AIM-9X, o míssil de curto alcance Python-5 de Israel e o AIM-132 Asraam da MBDA/EADS.

A opção, inclui contrapartidas, como a participação espanhola no projecto do IRIS-T e o fabrico naquele país de vários componentes do míssil.

O negócio, que atinge um montante de 247,32 milhões de Euros, prevê o fornecimento a Força Aérea Espanhola de 700 mísseis na versão standard, 70 mísseis de treino, 385 suportes de lançamento, além de material auxiliar de testes. O programa deverá ter uma duração de dez anos.

A Espanha já desenvolveu programas de teste e adaptação das suas aeronaves para a utilização do novo míssil. Entre as aeronaves que vão utilizar o IRIS-T está o caça europeu Eurofighter Typhoon-II e o caça norte-americano F-18.

U216 está em projeto na Alemanha


Novo navio complementará gama da HDW29.12.2011

 
Os estaleiros alemães HDW confirmaram que a empresa tem em desenvolvimento um submarino que junta características do U214 e do U212, num navio de dimensões muito maiores, que poderá ser proposto a marinhas que normalmente optam por navios de maiores dimensões, como é o caso das marinhas da Austrália, Canadá, Índia ou mesmo Japão.

O novo navio, terá casco duplo e com as mesmas características do U214 em termos de resistência, mas terá apenas seis tubos de torpedos como no U212. No entanto o navio contará com capacidade para lançamento vertical de mísseis de cruzeiro.

O navio terá um altíssimo nível de automatização, já que terá uma guarnição idêntica à do U214 (33 militares). Ele não se destina a substituir o U214, que continuará a ser oferecido no mercado internacional a marinhas que pretendem submarinos para águas profundas, mas que não vêm necessidade para a utilização de navios de maiores dimensões.

O estaleiro fornecerá o U216 com sistema de propulsão independente do ar, que em principio será derivado do utilizado no U214. A configuração interna do navio também deverá abandonar a configuração adotada para o U212. O novo submarino também vai dispor de um sistema que permite a colocação de mergulhadores em qualquer teatro de operações sem necessidade de vir à superfície.
Não tendo sido confirmado, é no entando de crer que os U216 estejam preparados para utilizar mísseis anti-aéreos lançados com o navio em imersão.

Com um comprimento de 89m e uma largura máxima de 8m o U216 terá um deslocamento em torno das 4,000t. Ele deverá dispor de um sistema AIP, mais poderoso e com mais autonomia, embora continue limitado a velocidades muito baixas quando utilizar o AIP.

Este tipo de navio poderá ser visto como uma opção por marinhas asiáticas, perante o aumento do poder da marinha da China. Como a passagem para o Indico é controlada por zonas de estreitos, navios deste tipo podem ser de extremo valor contra alvos de grande valor como o recente porta-aviões que a China tem em processo final de aprontamento e que deverá ser utilizado nos mares do sul da China, para fazer valer as pretensões chinesas sobre aquelas águas.

Irã ameaça agir se porta-aviões dos EUA voltar ao Golfo Pérsico


REUTERS
TEERÃ - O Irã vai agir se um porta-aviões dos Estados Unidos que deixou o Golfo Pérsico por causa das manobras navais iranianas retornar à região, disse nesta terça-feira, 3, o comandante do Exército, Ataollah Salehi, segundo a agência estatal de notícias Irna."O Irã não vai repetir sua advertência... o porta-aviões do inimigo se dirigiu ao Mar de Omã por causa de nossos exercícios. Eu recomendo - e enfatizo - ao porta-aviões americano que não retorne ao Golfo Pérsico", disse Salehi à Irna.
"Eu aviso, recomendo e alerto (os americanos) quanto ao retorno de seu porta-aviões ao Golfo Pérsico porque nós não temos o hábito de fazer advertências mais de uma vez", declarou Salehi, segundo outra agência de notícias, a semioficial Fars.
Salehi não citou o nome do porta-aviões nem deu detalhes sobre o tipo de medidas que o Irã poderia adotar se ele retornar à região.
O Irã completou na segunda-feira dez dias de exercícios navais no Golfo e, durante essas manobras, afirmou que se alguma potência estrangeira impuser sanções a suas exportações de petróleo o país poderá fechar o Estreito de Ormuz, pelo qual passa 40 por cento do petróleo transportado por navios no mundo.
A Quinta Frota dos EUA, baseada no Bahrein, afirmou que não permitirá que a navegação seja prejudicada no estreito.
Na segunda-feira, o Irã anunciou ter testado com sucesso dois mísseis de longo alcance durante as manobras navais, numa demonstração de força diante da crescente pressão ocidental sobre seu controverso programa nuclear.
O Irã nega as acusações de países ocidentais de que esteja tentando construir bombas atômicas e diz que seu programa tem como única finalidade o uso pacífico da energia nuclear. 

Irã ameaça Marinha dos EUA; sanções atingem economia


PARISA HAFEZI - REUTERS
O Irã fez nesta terça-feira sua ameaça mais agressiva após semanas de ofensividades ao afirmar que vai reagir se a Marinha dos Estados Unidos deslocar um porta-aviões para o Golfo Pérsico, depois que novas sanções financeiras dos EUA e da União Europeia afetaram sua economia.
A perspectiva de sanções que prejudiquem de uma maneira grave o setor do petróleo iraniano pela primeira vez atingiu a moeda do país, o rial, que registrou recorde de baixa nesta terça-feira e caiu 40 por cento em relação ao dólar no último mês.
Filas foram formadas diante de bancos e casas de câmbio fecharam suas portas enquanto os iranianos tentavam comprar dólares para proteger suas economias da desvalorização da moeda.
O chefe do Exército, Ataollah Salehi, disse que os Estados Unidos haviam deslocado um porta-aviões para fora do Golfo por causa dos recentes exercícios navais do Irã, e que o Irã reagiria se o navio retornasse.
"O Irã não vai repetir sua advertência... o porta-aviões do inimigo se dirigiu ao Mar de Omã por causa de nossos exercícios. Eu recomendo - e enfatizo - ao porta-aviões americano que não retorne ao Golfo Pérsico", disse Salehi à agência de notícias iraniana Irna.
"Eu aviso, recomendo e alerto (os norte-americanos) quanto ao retorno de seu porta-aviões ao Golfo Pérsico, porque nós não temos o hábito de fazer advertências mais de uma vez", declarou Salehi, segundo outra agência de notícias, a semioficial Fars.
O porta-aviões USS John C. Stennis lidera uma força-tarefa da Marinha norte-americana na região. Agora ele está no Mar da Arábia, fornecendo apoio aéreo para a guerra no Afeganistão, disse a tenente Rebecca Rebarich, porta-voz da 5a Frota dos EUA.
A embarcação deixou o Golfo em 27 de dezembro em "um trânsito de rotina pré-planejado" pelo Estreito de Ormuz, disse ela.
Quarenta por cento do petróleo comercializado no mundo passa pelo estreito canal - que o Irã ameaçou fechar no mês passado se as sanções internacionais suspenderem suas exportações de petróleo.
PETRÓLEO SOBE
O futuro do petróleo Brent subia quase 4 dólares na tarde de terça-feira em Londres, pressionando o preço do barril para mais de 111 dólares pelas notícias de ameaças em potencial ao fornecimento no Golfo, assim como pelos fortes números econômicos chineses.
A última ameaça de Teerã é feita em um momento em que as sanções estão tendo um impacto inédito em sua economia, e o país enfrenta incerteza política com uma eleição em março, a primeira desde uma votação contestada em 2009 que provocou protestos no país todo.
O Ocidente impõe sanções cada vez mais severas contra Teerã por causa do programa nuclear iraniano, que o país diz ser pacífico, mas que potências ocidentais acreditam ter por objetivo construir uma bomba atômica.
Depois de anos adotando medidas de baixo impacto, as novas sanções são as primeiras que podem provocar um efeito grave no comércio do petróleo do Irã, base de 60 por cento de sua economia.
As sanções que viraram lei assinada pelo presidente norte-americano Barack Obama na véspera do Ano Novo podem tirar as instituições financeiras que trabalham com o Banco Central do Irã do sistema financeiro norte-americano, bloqueando o principal caminho para pagamentos pelo petróleo iraniano.
A UE deve impor novas sanções até o final deste mês, possivelmente incluindo uma proibição às importações de petróleo e um congelamento de ativos do banco central.
Mesmo o principal parceiro comercial do Irã, a China, - que se recusou a apoiar novas sanções globais contra o Irã - está exigindo descontos para comprar o petróleo iraniano, em um momento em que as opções de Teerã encolhem.
Pequim reduziu suas importações de petróleo bruto iraniano em mais da metade para janeiro, pagando prêmios para o petróleo da Rússia e do Vietnã para substitui-lo.
O Irã vem respondendo às medidas mais duras com uma retórica beligerante. A República Islâmica completou na segunda-feira dez dias de exercícios navais no Golfo e, durante essas manobras, afirmou que se alguma potência estrangeira impuser sanções a suas exportações de petróleo o país poderá fechar o Estreito de Ormuz.
Especialistas ainda dizem que Teerã não deve transformar sua retórica em um ato de guerra - a Marinha dos EUA é muito mais poderosa do que as forças marítimas do Irã -, mas as opções diplomáticas do Irã estão acabando e isso pode levar a um confronto.
"Acho que deveríamos ficar muito preocupados porque a diplomacia que deveria acompanhar esse aumento de tensão parece estar faltando em ambos os lados", disse Richard Dalton, ex-embaixador britânico no Irã e hoje membro do instituto de estudos Chatam House.
"Não acredito que nenhum lado queira começar uma guerra. Eu acho que os iranianos estarão cientes de que se bloquearem o Estreito ou atacarem um navio norte-americano, serão os perdedores. Nem acho que os EUA queiram usar seu poderio militar com outro objetivo a não ser como pressão. No entanto, em um estado de emoções exacerbadas em ambos os lados, estamos em uma situação perigosa".
(Reportagem adicional de Hashem Kalantari em Teerã, Humeyra Pamuk em Dubai, Brian Love em Paris, Keith Weir e William Maclean em Londres e Florence Tan em Cingapura)