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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Maior foguete lançado da costa oeste dos EUA decola com satélite secreto

O maior foguete já lançado da costa oeste dos EUA decolou na última quinta-feira da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia, carregando um satélite altamente secreto, disseram fontes militares.




O Delta IV tem 71,63 metros de altura e seus motores produziram 906 mil quilos de propulsão, de acordo com o 3º Braço de Operações Espaciais da Força Aérea americana.



O lançamento ocorreu às 13h10 do horário local (19h10 em Brasília) e transportou uma carga do Escritório Nacional de Reconhecimento dos EUA, serviço de inteligência que reúne informações para a CIA e para o Departamento de Defesa. A natureza do material é desconhecida.


Mas, segundo publicou o jornal Los Angeles Times, analistas acreditam que o equipamento seja um satélite espião, capaz de tirar fotos detalhadas o suficiente para distinguir o modelo de um carro a centenas de quilômetros.




O foguete descreveu um arco sobre o Oceano Pacífico, cujo espetáculo foi visível em uma grande área. A United Launch Alliance, projeto conjunto das construtoras de foguetes Lockheed Martin Corp. e Boeing Co., informou em comunicado que o lançamento foi um sucesso.



A decolagem atrasou dois minutos para evitar o encontro com um objeto no espaço, que poderia se interpor no caminho do Delta IV, afirmou o porta-voz da United Launch, Michael J. Rein.



Esse foi o quinto lançamento de um Delta IV. Os outros quatro saíram de Cabo Canaveral, na Flórida.

Dois astronautas russos fazem caminhada espacial fora da ISS

CABO CANAVERAL - Dois tripulantes russos da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) fazem uma caminhada nesta sexta-feira, 21, programada para terminar às 18h (horário de Brasília).




Os astronautas Dmitry Kondratyev e Oleg Skripochka saíram do módulo com a missão de instalar uma câmera e um sistema experimental de rádio na ISS, além de recolher alguns experimentos científicos antigos.


Os quatro outros tripulantes - um russo, dois americanos e um italiano - estão monitorando a caminhada do interior da estação. O atual comandante da ISS é o astronauta da Nasa Scott Kelly, cunhado da deputada democrata Gabrielle Giffords, baleada na cabeça no dia 8. Ela é casada com o irmão gêmeo idêntico de Scott, Mark Kelly, que também é astronauta e está licenciado do próximo voo do Discovery para cuidar da recuperação da mulher.


IVECO FORNECE 2.400 VEÍCULOS MILITARES







O contrato, da ordem de 800 milhões de euros, prevê a entrega de 2.400 veículos. O fornecimento inicial será de 200 veículos. Os veículos, com tração 8x8, de uso especificamente militar, serão produzidos pela Iveco Astra, divisão da Iveco que produz todos os tipos de veículos específicos para logística na área de defesa e também veículos off road, dedicados a obras de construção e pedreiras.



Os veículos destinados ao Exército francês serão equipados com cabine blindada e outros diferentes equipamentos, além de reboques e guindastes para a reparação de caminhões militares, com o objetivo de proporcionar a maior flexibilidade possível em qualquer tipo de operação. Além de fornecer os veículos, a Iveco fechou ainda um contrato de Pós-venda, incluindo serviços de manutenção e reparo, além do fornecimento de peças de reposição.



Os equipamentos a serem montados sobre chassis serão fabricados e montados na França, na fábrica da Soframe. Na França, também fica a fábrica da Fiat PowerTrain, onde são produzidos os motores Cursor que equiparão os veículos contratados.



A proposta da Iveco foi selecionada como a melhor tanto na área técnica como econômica e foi aprovada pelo Ministério da Defesa Francês no final de 2010. É um dos maiores contratos já aprovados pelo órgão militar da França.



Com mais este negócio, a Iveco confirma sua liderança no mercado europeu de veículos militares. A gama de veículos militares produzidos pela Iveco oferece alta tecnologia, flexibilidade, robustez e possui o mais eficiente Pós-venda desta área. O principal fator da proposta vitoriosa da Iveco foi pelo fato dos veículos da marca atenderem amplamente todas as exigências técnicas impostas pelo Exército francês.



O Fiat Group Industrial na França emprega aproximadamente 6.500 pessoas. Seu faturamento é de cerca de 4 bilhões de euros. A França também abriga instalações da Irisbus, divisão dedicada ao transporte de passageiros, urbanos e de turismo. Ainda na França, está localizada a CAMIVA, especializada em incêndio e salvamento, divisão da Iveco Magirus Group, localizada na Savoie Chambery. Por último, a Fiat Powertrain possui uma fábrica em Borgonha, na Bourbon-Lancy, onde são produzidas as famílias de motores Cursor que equipam os veículos pesados de todos os caminhões Iveco no mundo, bem como geradores.

Iveco projeta, produz e vende uma ampla gama de caminhões leves, médios e pesados, ônibus, veículos comerciais para aplicações de transporte, militares, fora de estrada, bombeiros, defesa civil etc.A Iveco emprega 25.000 pessoas e possui 23 fábricas em 10 países do mundo, utilizando excelente tecnologia desenvolvida em seus 6 centros de pesquisa e desenvolvimento, um deles no Brasil. Além da Europa, a empresa opera na China, Rússia, Austrália e América Latina. Mais de 5.000 mil concessionárias e pontos de serviço, distribuídos em 160 países, garantem suporte técnico onde quer que um produto Iveco esteja em serviço.






A Iveco, associada com a Soframe, empresa francesa especializada em equipamentos militares e controlada pelo Grupo Lohr, acaba de confirmar contrato para fornecimento de caminhões militares ao Exército francês. A concorrência foi feita pelo Ministério da Defesa Francês.

A sigilosa gastança da Abin

A Agência Brasileira de Inteligência elevou em 66% os gastos sigilosos por meio de cartões corporativos, no total de R$ 11,2 milhões em 2010. O aumento de despesas contrasta com o redirecionamento da Abin, que pode ser desvinculada do comando militar. Governo Lula gastou R$ 80 milhões com cartões corporativos em 2010, um recorde.


Gastos secretos da Abin custam R$ 11 milhões


Sob o manto da “garantia da segurança do Estado”, as despesas sigilosas por meio do cartão corporativo da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, deram um salto no ano passado. Os servidores do órgão responsável por desenvolver atividades voltadas para a defesa da sociedade brasileira desembolsaram R$ 11,2 milhões, com a justificativa de que as “informações são protegidas por sigilo. O aumento foi de 66% em relação aos R$ 6,8 milhões consumidos em 2009, de acordo com dados da ONG Contas Abertas (veja quadro).




O aumento dos gastos contrasta com a nova realidade da Abin na gestão Dilma Rousseff. Ligada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a agência tem futuro incerto em função da possibilidade de ser desvinculada do órgão militar. Desde a posse de Dilma, o GSI — agora comandado pelo general José Elito — perdeu a Secretaria Nacional de Políticas contra as Drogas (Senad), levada para a estrutura do Ministério da Justiça. A mudança provocou a saída de 52 funcionários de cargos de confiança, o que esvaziou o poder dos militares no Planalto.



Os gastos na agência são feitos de forma descentralizada. Cada superintendência estadual ou escritório de representação é responsável pelas despesas com os cartões. Isso, segundo uma alta fonte do Comando Militar, aumenta o risco de abusos — muitos já identificados pelo próprio GSI. Um dos motivos é o atraso com que o núcleo central tem acesso aos dados e consegue identificar despesas tidas como irregulares. O outro é a dificuldade de fiscalização in loco.



Além do controle interno, o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscaliza as contas da Abin. Entre as irregularidades já identificadas estão a aquisição de material permanente e pagamentos e gratificações a informantes e colaboradores. A prática, segundo a fonte, mantém-se na agência.



Ao todo, na administração pública, os portadores dos mais de 13 mil cartões de pagamento do governo espalhados pelo país torraram, de forma secreta, quase R$ 32 milhões em 2010. Em 2009, dois anos depois das primeiras denúncias de uso irregular do cartão corporativo, o montante chegou a R$ 27,6 milhões.



Um decreto regulamenta o uso dos cartões corporativos, mas não trata do caso específico de despesas sigilosas. “A Controladoria-Geral da União (CGU) audita todos os gastos de caráter secreto dos órgãos de sua competência. Não é porque é sigiloso que não auditamos”, diz o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Mário Vinícius.



Ele explica, porém, que as despesas dos cartões da Presidência e dos ministérios da Defesa e Relações Exteriores não são fiscalizadas pela CGU, mas pelos controles internos desses órgãos. “Isso não significa que nós não acompanhamos a evolução dessas despesas”, garante.



Espólio

“Essas despesas sigilosas são uma herança da ditadura militar que não deveriam existir mais, pelo menos com esse volume de movimentação. É cômodo para os órgãos públicos manterem esse tipo de gasto para a manutenção de certos domínios. Isso não é nada transparente e evita que a sociedade tenha acesso às informações”, avalia Roberto Piscitelli, professor do departamento de Ciências Contábeis da UnB.



Segundo ele, os gastos sigilosos nem sempre podem ser justificados pela questão da segurança nacional. “É difícil colocar o dedo nessa ferida. É como se assinássemos um cheque em branco sob a justificativa da segurança nacional. Mas o conceito de segurança nacional é vago”, afirma. Nos últimos nove anos, as despesas sigilosas via cartão de pagamento pularam de R$ 2,8 milhões para R$ 31,8 milhões.



Procurada para explicar o crescimento das despesas sigilosas, a assessoria de imprensa da Abin informou que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) poderia se manifestar sobre o caso. A assessoria do GSI afirmou que não se posiciona sobre assuntos sigilosos.



EFEITO TAPIOCA

Em outubro de 2007, o ministro do Esporte, Orlando Silva, ficou nacionalmente conhecido ao utilizar o cartão corporativo em uma tapiocaria de Brasília. Ele devolveu o valor depois que a irregularidade foi detectada e afirmou ter confundido o cartão com seu pessoal. Também em 2007, a então ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro perdeu o cargo depois gastar, com o cartão do governo, R$ 461 num free shop.



Fatura da União bateu todos os recordes

Os dados tabulados pelo Contas Abertas também mostram que os gastos globais com o cartão corporativo — e não apenas os sigilosos — foram recorde em 2010. A fatura paga pela União alcançou R$ 80 milhões entre janeiro e dezembro do ano passado, o maior montante desde que o sistema foi criado no país, em 2002, e 24% maior em relação a 2009.



Levando em conta os nove anos monitorados, a Presidência (PR) foi o órgão que mais utilizou o cartão corporativo, só que grande parte dos mais de R$ 105 milhões pagos não podem ser divulgados por ser tratarem de “informações protegidas por sigilo, nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”.



Segundo informações do governo, os gastos inflados no ano passado tiveram como razão as despesas extras com transporte durante as atividades do censo.

Os cartões corporativos são usados para pagar diversas contas, incluindo hospedagem e alimentação nas viagens presidenciais. Um grupo de funcionários, chamados de ecônomos, utiliza os cartões, mas não é raro que ministros tenham também.



A CGU mantém um sistema de alerta automático que avisa o portador do cartão quando eventualmente ele estiver cometendo ilegalidade. “Quando um servidor está de férias, por exemplo, e usa o cartão corporativo sem querer, recebe um alerta de que aquela despesa pode estar sendo errada. Nós abrimos espaço de forma automática para que ele explique a despesa”, diz o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Mário Vinícius.



Controle

Em uma cartilha produzida pela CGU, a recomendação é de que os servidores utilizem o cartão com base nos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, algo que nem sempre acontece. A controladoria avalia que o cartão corporativo é um meio de pagamento mais ágil e que traz maior controle na gestão de recursos, pois é emitido em nome de cada órgão público do país, incluindo a identificação do portador.



O cartão substitui a modalidade de gasto chamada suprimento de fundos. Nela, um adiantamento é concedido ao servidor, a critério e sob a responsabilidade da figura do controlador de despesas em cada instituição. Há um prazo estipulado para a aplicação e a comprovação dos gastos, mas não há um controle na internet como ocorre com os cartões. (LK)


Blair: Ocidente deve estar preparado para ação contra Irã

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair declarou nesta sexta-feira que o Ocidente tem que estar preparado para uma ação militar contra a ameaça que o Irã representa para a segurança do mundo.




Durante seu segundo comparecimento diante da comissão que investiga a Guerra do Iraque, Blair fez um apelo aos países ocidentais para que mudem sua atitude condescendente em relação a Teerã e seu programa de enriquecimento de urânio.



Blair, que é enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio - formado por Estados Unidos, Rússia, ONU e União Europeia (UE) -, argumentou que o Irã continuará sendo um elemento desestabilizador na região a menos que o Ocidente tome alguma medida com "a determinação necessária".



"Trata-se de uma ameaça crescente. Eu passo na região o tempo todo e vejo o impacto e a influência do Irã em todas as partes. É negativa, desestabilizadora, de apoio a grupos terroristas e o país está fazendo tudo o que pode para impedir o avanço do processo (de paz) no Oriente Médio", declarou.



"O Ocidente tem que abandonar sua atitude 'de desculpa' por acreditar que somos responsáveis pelo que os iranianos fazem", defendeu Blair, que argumentou que o regime iraniano desenvolve um programa de armas nucleares porque é "contra o estilo de vida" ocidental.



Blair mencionou os esforços do presidente dos EUA, Barack Obama, de estender a mão ao Irã e acusou os iranianos de, como resposta, "seguirem com o terrorismo, com a desestabilização e com seu programa de armas nucleares".



"Em algum momento teremos que tirar a cabeça da terra e entender que (os iranianos) vão continuar com isso", afirmou.



O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, um dos principais defensores da invasão do Iraque em 2003, rejeitou a ideia de que a operação para derrubar Saddam Hussein tenha fortalecido a influência iraniana no país e disse que o que fracassou foi a política do Ocidente do anos 1980, que apoiou o então ditador iraquiano como forma de frear o Irã islâmico.



"A resposta ao Irã não é Saddam. Essa foi a política de 1980 e tudo o que fizemos foi criar um monstro que não pudemos controlar", concluiu.



Há um ano, em seu anterior depoimento na comissão, Blair já havia declarado que achava as políticas do Irã mais preocupantes do que as do Iraque, devido ao suposto risco de que Teerã forneça armas de destruição em massa a grupos terroristas.