terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sauditas podem repor petróleo do Irã se UE impuser embargo-fonte


Por Amena Bakr
DUBAI (Reuters) - Grandes exportadores de petróleo como a Arábia Saudita e outros países-membros da Opep estão prontos para fornecer a commodity se novas sanções interromperem as exportações iranianas de petróleo para a Europa, disseram fontes da indústria nesta terça-feira.
O ministro do Petróleo do Irã, Rostam Qasemi, disse que a Arábia Saudita havia prometido não repor o petróleo iraniano se mais sanções fossem impostas.
"Não foi feita nenhuma promessa ao Irã, é muito pouco provável que a Arábia deixe de cobrir a demanda se as sanções forem impostas", disse uma fonte da indústria familiar com o assunto, que pediu para não ser identificada, à Reuters.
Os delegados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no Golfo disseram que a ameaça iraniana de fechar o estreito de Ormuz pode afetar tanto o Irã como grandes produtores regionais que também usam o importante canal para exportar petróleo.
O primeiro vice-presidente do Irã alertou nesta terça-feira que o fluxo do petróleo seria interrompido no Estreito de Ormuz se sanções estrangeiras fossem impostas sobre suas exportações de petróleo, disse a agência oficial de notícias do país.
A maior parte do petróleo exportado pela Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuweit e Iraque - e quase todo o gás natural liquefeito do principal exportador, o Catar - tem que ser transportado pelo canal de navegação (de 6,4 quilômetros) entre Omã e o Irã.
Mas a Arábia Saudita pode exportar uma parte de seu petróleo pelo Mar Vermelho.
Líderes europeus pediram mais sanções contra o Irã até o fim de janeiro, mas não foram específicos quanto a um embargo às importações do produto iraniano.
O bloco está considerando um embargo ao petróleo iraniano que poderia bloquear as vendas de 450 mil barris por dia do Irã.
"Se as sanções forem adotadas, o preço do petróleo na Europa iria subir e a Arábia Saudita e outros países do Golfo começariam a vender mais para cobrir a falta e também se beneficiar do preço mais alto", disse uma segunda fonte da indústria que também pediu para não ser identificada.
O petróleo tipo Brent subia mais de 1 dólar, para 108,96 dólares por volta das 14h35 (horário de Brasília), enquanto nos Estados Unidos o vencimento tinha alta de 1,30 dólar, a 100,98 dólares o barril.

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