segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

As vantagens do avião russo Sukhoi SU-35, que estranhamente foi alijado da concorrência da FAB


Francisco Vieira
Um dos pontos favoráveis ao avião russo Sukhoi SU-35 é que ele é o único que foi feito para país de tamanho continental (o francês e o sueco são para países europeus, pequenos, com a autonomia ficando em segundo plano), por isso ele foi adotado na Índia e na China. Quanto maior for o alcance da aeronave, tanto menos aeródromos serão necessários construir. Quanto mais alta for a eficiência operacional de cada caça, tanto menor será a quantidade de aeronaves necessárias para o cumprimento das missões atribuídas.
Por suas características técnicas e operacionais o SU-35 supera significativamente todas as aeronaves apresentadas pelos concorrentes: É o mais veloz (2.400 km/h em altura de 11.000m), tem maior relação empuxo/peso, tem quase duas vezes maior vantagem no alcance (3.600 km sem tanques externos de combustível) em comparação com aeronaves francesas e suecas.
O Gripen NG é equipado somente com uma turbina, um fator que diminui significativamente a segurança e a sobrevivência de aeronave no combate, pois se houver problema não dá para parar e empurrar; pode levar 8 toneladas de armamento, o que é 1,5 vezes superior às do Rafale e do Gripen.
Além disso, a fabricante russa do avião tem uma grande vantagem em relação aos nossos concorrentes: cumpriu a completa transferência tecnológica para produção das aeronaves SU-27 na China e SU-30 na Índia.
Sei que parece besteira alguém imaginar o Brasil sendo atacado. Pelo menos hoje seria besteira, mas, e daqui a cinquenta anos? Quais serão os recursos que faltarão no mundo? Quem serão os governantes da época? Não se constrói a defesa de um país do dia para a noite.
Mas a pedra da coroa russa atualmente não é esse avião, é o T-50 PAK-FA, de quinta geração, supostamente invisível (ou quase) ao radar e em desenvolvimento simultâneo com a Índia (a China também está fazendo o dela, o J-20 – para variar, pelo menos a fuselagem é uma “inspiração” do F-22 americano, o único de quinta geração a operar atualmente) e também foi ofertada participação ao Brasil.
Mas não podemos esquecer o Projeto Sivam e queda do Ministro da Aeronáutica da época, nos avisando que, no Brasil, nem sempre o melhor vence as licitações…
Acredito eu que o avião russo seja o mais adequado ao Brasil. Por que acredito? Ora, se os pilotos que irão voar e arriscar as suas vidas preferiram o russo, ele deve ser o melhor! Também acho que eles e os engenheiros aeronáuticos deveriam ser os únicos a darem “pitacos” na escolha. Perguntar ao Jobim, por exemplo, qual é o melhor avião seria a mesma coisa que pedi-lo para medir o “ângulo de permanência de uma biela”, definir o que é pós-combustor ou que fizesse a escolha entre o cateterismo ou uma cirurgia em um paciente cardíaco!

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