segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Novo submarino atômico faz primeiros testes


O submarino atômico estratégico de última geração “Alexander Nevski” faz hoje os seus primeiros testes de funcionamento no mar. Este cruzador submarino da classe “Borei” deverá ser provido do complexo de mísseis “Bulava”, cujas provas ainda não terminaram.
Os submarinos “Project 955 Borei” foram a consequência de uma intenção da marinha russa que data de 1996 e o primeiro deles, o “Yuri Dolgoruky” começou a ser construído nesse mesmo ano no estaleiro de Severodvinsk. As dificuldades financeiras do Estado russo eram então tão graves que os salários dos operários e até da tripulação tiveram que ser pagos pela câmara municipal de Moscovo e não pelo governo federal…
A construção do “Alexander Nevski” começou em 2004. O primeiro navio da série, o “Iuri Dolgoruki”, foi iniciado em 1996. A construção de mais um “Borei” vai continuando. Conforme o programa de armamento do Estado, planeja-se construir oito cruzadores desta classe antes do fim de 2020.
Os planos iniciais previam a entrada em operação do primeiro submarino desta classe ainda em 2001, seguido de mais cinco unidades construídas nos anos seguintes de forma a irem substituindo gradualmente todos os existente submarinos nucleares da classe Projekt 941 (Typhoon). Os fracassos sucessivos com os testes do novo míssil acabaram por dar o contributo para este ambicioso, mas precoce projeto de substituição.
Em finais de 2005, um segundo submarino estava também em construção no estaleiro de Sevmash em Severodvinsk, devendo receber o nome de “Alexander Nevsky” e estar terminado em 2010. Em Março de 2006, o mesmo estaleiro iniciou a construção de um terceiro 955 que deverá chamar-se “Vladimir Monomah” e que estar concluído antes de 2011.
O submarino tem um comprimento de 170 metros, um diâmetro de cerca de 13 metros e uma velocidade enquanto submerso de mais de 29 nós. Deverá ser também capaz de transportar 16 SLBMs de última geração (12 em relatos anteriores e 20, nos primeiros), estes mísseis serão a variante naval Topol-M (antes “Bulava“) e o navio deverá entrar em operação ainda antes do início de 2009.
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Os números oficiais remetem para a suposta existência de 26 submarinos estratégicos (5 Typhoon, 7 Delta IV e 13 Delta III), mas boa parte – se não todos – os Delta IV e III não estão já em estado operacional, estimando-se hoje que a Rússia tenha entre 9 a 12 submarinos armados com mísseis estratégicos ainda em operação. Um número adequado para as necessidades atuais, mas que será inevitávelmente reduzido aos 955 que a Rússia puder construir até 2010, ano em que o resto da frota será demasiado obsoleta e perigosa para poder ser usada com um nível mínimo de fiabilidade. Em 2017, a armada russa deverá ter 8 submarinos estratégicos 955 “Borei” em operação, mantendo assim o essencial da sua força submarina estratégica depois de um arranque tão turbulento e que chegou a ameaçar a continuidade da própria arma submarina estratégica: um dos factores mais fundamentais da dissuasão nuclear russa.
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