quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Embraer é incluída em projeto de novo satélite


Empresa deve se associar à Telebras para equipamento que também terá parceria de DCTA e Inpe.
A Embraer, de São José dos Campos, deve se associar à estatal Telebras para o desenvolvimento do novo satélite geoestacionário brasileiro, orçado em R$ 716 milhões e que tem o objetivo de ampliar a oferta de banda larga em áreas remotas do país, além de utilização para fins militares.
A meta do governo federal é colocar o equipamento em órbita em 2014.
O desenvolvimento será feito por empresas contratadas no exterior, mas com participação de consórcio nacional liderado pela Telebras que deve envolver, além da Embraer, outras instituições de pesquisa da região.
A Embraer não comentou o assunto ontem, mas a parceria, que já estaria quase fechada, deve envolver também a AEB (Agência Espacial Brasileira), que gerencia o Programa Espacial Brasileiro, e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), além do Ministério da Defesa.
A participação da Embraer teria sido acertada devido à vasta experiência da empresa na integração de sistemas de alta tecnologia.
Por meio da assessoria, a AEB confirmou o interesse em uma “empresa de grande porte” no projeto, mas disse que não há nada definido.
Acordo.
No final de setembro, o presidente da Telebras, Caio Bonilha, afirmou em nota publicada no site da estatal que estava negociando com a iniciativa privada para “propiciar um ambiente de transferência de tecnologia”.
Os recursos destinados ao satélite já estão previstos no Plano Plurianual 2012-2015, do governo federal, que também inclui o desenvolvimento dos satélites sino-brasileiros de observação Cbers 3 (no próximo ano) e Cbers 4 (até 2016).
União.
O coordenador do Cedaer (Comissão Empresarial para o Desenvolvimento Aeroespacial), Lauro Ney Batista, afirma que a fórmula de união entre instituições estatais e iniciativa privada pode ser benéfica para que o projeto saia do papel.
“O Brasil está atrasado há décadas por incapacidade do governo. Essa união entre estatal e privado é uma tendência presente no exterior, como a participação da Boeing nos projetos dos Estados Unidos.”
Projeto.
O satélite, que ficará a 35,7 mil quilômetros da Linha do Equador, se deslocará na mesma velocidade da Terra, ficando como se estivesse estacionado em um ponto de órbita. No total, o governo federal pretende investir mais de R$ 2,5 bilhões no desenvolvimento e lançamento de satélites até 2015.
SAIBA MAIS
Satélite
Lançamento
Brasil quer lançar até 2014 o satélite para comunicações
Fabricação
Parceria
O satélite deverá ser fabricado no exterior, mas o governo pretende estabelecer participação da indústria brasileira
Consórcio
Nacional
Parceria entre AEB, Telebrás, DCTA, Inpe, FAB e Embraer
Descrição
Modelo
Satélite servirá para a ampliação da oferta de banda larga em áreas remotas do país e também para fins militares

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