segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tipo 212 submarino Alemão

 No ínicio de 1990, a Marinha Alemã estava procurando um substituto para os submarinos Tipo 206. Estudos iniciais começaram em um Tipo 209 de projeto melhorado, com capacidade para o sistema AIP, chamado Tipo 212.
  O programa final começou em 1994 já que as duas marinhas, da Alemanha e Itália, começaram a trabalhar juntas para projetar um novo submarino convencional, respectivamente para operar nas águas rasas e estreitas do mar Baltico e nas profundas águas do mar Mediterrâneo. Os dois requerimentos diferentes foram misturados em um e, por causa das significantes atualizações do projeto, a designação foi mudada para Tipo 212A desde então.
  Em 1996 um Memorando de Entedimento (MOU) deu início a cooperação. O seu objetivo principal era a construção de barcos idênticos e o início de uma colaboração em logística e suporte de ciclo de vida para as duas marinhas. 
  O governo Alemão expediu uma ordem inicial de quatro submarinos Tipo 212A em 1998. O Consórcio Alemão de Submarino construiu­-os nos estaleiros da HDW e da Thyssen Nordseewerke GmbH (TNSW) em Emden. Diferentes secões do submarinos foram costruídas no mesmo local e ao mesmo tempo, e então metade delas foram enviados para os respectivos pátios de modo que tanto a HDW e a Thyssen Nordseewerke montaram dois submarinos completos cada.  No mesmo ano o governo Italiano expediu uma ordem de dois submarinos U212A construídos pela Fincantieri para a Marina Militare (Marinha Italiana) nos estaleiros de Muggiano, designados como a classe Todaro.
  A Marinha Alemã encomendou dois submarinos adicionais melhorados, em 2006, para serem entregues apartir de 2012. Eles serão 1.2 m mais longos para dar espaço adicional para um novo mastro de reconhecimento.
  Em 21 de abril de 2008 a Marinha Italiana encomendou um segundo lote de submarinos na mesma configuração que os primeiros. Alguma atualização deve envolver materiais e componentes de derivação comercial, assim como o pacote de software do CMS. A intenção é manter a mesma configuração da primeira série e reduzir custos de manutenção.
  O submarino Tipo 214 de exportação sucedeu o submarino Tipo 209 e compartilha recursos com o Tipo 212A, como a propulsão a célula de combustível AIP.
 

Projeto;

  Em parte devido a disposição em "X" das superfícies de controle, o Tipo 212 é capaz de operar em menos de 17 m de água, permitindo-o vir mais próximo do litoral do que a maioria dos submarinos contemporâneos. Isso lhe dá uma vantagem em operações secretas, que Comandos equipados com um equipamento de SCUBA operando apartir do barco podem vir a superfície próximos a praia e executar sua missão mais rapidamente e com menos esforço.
  Um notável recurso do projeto é a seção prismática transversal do casco e as transições suaves do casco até a vela, melhorando as características stealth do barco. O navio e as fixações internas são feitas de materiais não magnéticos, reduzindo significantemente as chances de ser detectado por magnetômetros ou ativar minas navais .

AIP;

  Embora a propulsão de hidrogênio-oxigênio tenha sido considerada para submarinos antes da Primeira Guerra Mundial, o conceito não foi muito bem sucedido até recentemente devido a preocupações quanto a fogo e a explosões. No Tipo 212 isso foi combatido através do armazenamento do combustível e do oxidante em tanques do lado de fora da área da tripulação, entre o casco de pressão e o casco leve externo. Os gases passam por tubulações através do casco de pressão até as células de combustível quando necessário gerar eletricidade, mas em determinado momento existe apenas uma pequena quantidade de gás presente na área da tripulação.
 

Ficha Técnica:

 
Precedido por: submarino Tipo 206,  submarino classe Sauro
Comissionado em : 2002
Entrou em serviço em: 2005
Construídos: 8
Características Gerais:
Deslocamento: 1,450 toneladas na superfície, 1,830 toneladas submerso
Comprimento: 56m, 57.2m (2º lote)
Propulsão:
- 1 motor a diesel MTU 16V 396
- 9 células de combustível HDW/Siemens PEM, 30-40 kW cada
- 2 células de combustível de 120 kW HDW/Siemens PEM
- 1 motor elétrico de 1700 kW Siemens Permasyn, propulsionando um hélice de sete pás skewback
Velocidade: 20 nós (37km/h) submerso, 12 nós na superfície
Profundidade: mais de 700m
Raio de ação: 8,000 milhas náuticas (14,800km/h) a 8 nós 
Autonomia: 3 semanas sem o snorkel, 12 semanas no total
Armamento:
- 6 tubos lança-torpedos de 533mm (2 grupos asimétricos apontados pra frente de 4 na esquerda e mais 2 na direita) com 13 torpedos ou 24 minas
- mísseis IDAS
- 24 minas navais externas (opcional)
Contramedidas:
- Um sistema de defesa contra torpedos Tau, 4 lançadores
Sensores:
- Uma suite de sonar STN Atlas DBQS40:
  - matriz rebocada de sonar passivo de baixa frequência TAS-3 
  - uma matriz de sonar passivo de baixa/média frequência FAS-3 no flanco do casco
  - sonar de detecção de mina MOA 3070
- Periscópios:
  - Carl Zeiss SERO 14, com um telêmetro óptico FLIR
  - Carl Zeiss SERO 15, com telêmetro a laser
- Periscópio de mastro e sistema de snorkel Riva Calzoni
- Radar de navegação Kelvin Hughes Tipo 1007
- Suite EADS FL 1800U ESM
- Hidrofones WASS
- Sistema hidráulico e piloto automático Avio GAUDI
- Sistema de combate Kongsberg MSI-91
Tripulação: 23-27 (incluindo 5 oficiais)
 

Armamento;

  Atualmente, o Tipo 212A é capaz de lançar torpedos guiados a fibra óptica DM2A4 Seehecht ("Seahake"), os torpedos WASS A184 Mod.3, os torpedos EuroTorp BlackShark e mísseis de curto alcance dos seus 6 tubos lança-torpedos, os quais usam um sistema de expulsão via carneiro hidráulico. Capacidades futuras podem incluir misseis de cruzeiro lançados de tubo. 
  O missel de curto alcance IDAS (baseado no míssel IRIS-T), primariamente planejado para uso contra ameaças aéreas assim como pequenas ou médias ameaças do mar ou alvos em terra próximos, está atualmente sendo desenvolvido pela Diehl BGT Defence para ser disparado dos tubos lança-torpedos do Tipo 212. IDAS é guiado por fibra óptica e tem um alcance de aproximadamente 20km. Quatro mísseis cabem em um tubo lança-torpedo, armazenado em um depósito. As primeiras entregas do IDAS para a Marinha Alemã estão marcadas para apartir de 2014.
  A instalação de um canhão automático de 30mm chamado Muräne (moray) para suporte de operações com mergulhadores ou para dar tiros de aviso está sendo considerado também. O canhão, provavelmente uma versão do RMK30 fabricado pela Rheinmetall, será armazenado em um mastro retrátil e pode ser disparado sem o barco emergir. O mastro também será projetado para conter três veículos aéreos não-tripulados Aladin para missões de reconhecimento. É provável que o mastro seja montado no segundo lote dos submarinos Tipo 212 para a Marinha Alemã. 

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