quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Líbia - Pentágono: armas de destruição em massa líbias estão seguras


O Pentágono afirmou nesta quarta-feira que as reservas de armas químicas da Líbia estão "seguras", mas que um arsenal de centenas de mísseis de curto alcance continua sendo motivo de preocupação.
Consultado sobre se os locais onde estão armazenadas as armas químicas estavam seguros, incluindo cerca de 10 t de gás mostarda, o porta-voz do Pentágono, Coronel Dave Lapan, disse "sim".
Lapan não quis dar maiores detalhes. Disse apenas que não há planos para enviar tropas americanas para proteger os depósitos de armas químicas.
Apesar de o regime de Muammar Kadafi possuir gás mostarda, carecia de meios militares para lançar um ataque com esses produtos químicos, de acordo com especialistas em controle de armas.
Kadafi aderiu à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) em 2004 depois de renunciar às armas de destruição em massa em dezembro de 2003, mas, mesmo assim, teve que eliminar 11,25 t de gás mostarda quando começaram os protestos para tirá-lo do poder em fevereiro.

Líbia: da guerra entre Kadafi e rebeldes à batalha por Trípoli
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.
A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de julho, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

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