SEGURANÇA NACIONAL SNB BRASIL

domingo, 23 de maio de 2010

ST. LOUIS, EUA, 20 de maio de 2010 – A Boeing irá focar em sua contínua oportunidade de parceria com o Brasil durante o 1º Fórum Nacional de Defesa Aérea 2010, que começa no próximo dia 24 de maio, em Brasília. Representantes do Ministério da Defesa, da Força Aérea Brasileira e do governo brasileiro também participarão do encontro que discutirá a nova Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.




Michael Coggins, gerente sênior de Desenvolvimento de Negócios Internacionais da Boeing Military Aircraft, será um dos palestrantes do Fórum e fará uma apresentação sobre como a Boeing, em parceria com o Governo dos EUA, pode atender diretamente todos os aspectos da nova Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.



“Como a maior empresa aeroespacial do mundo, a Boeing está melhor posicionada para ajudar o Brasil a fortalecer sua indústria de defesa e conquistar a liderança no quesito tecnologia”, afirma Coggins. “Através da transferência de tecnologia dos EUA, a indústria aeroespacial brasileira poderá prover capacidades-chave ao Brasil, tornar-se parte da rede mundial de fornecedores da Boeing, além de obter acesso ao mercado aeroespacial e de defesa dos Estados Unidos”.



O F/A-18E/F Super Hornet é um dos três finalistas da licitação F-X2. O governo brasileiro planeja adquirir 36 aeronaves para modernizar sua frota de caças de combate. As ofertas finais foram entregues em outubro de 2009.
Séria uma Boa ideia Uma Parceria com a Boeing DEFENSE


Uma unidade da Boeing Company, a Boeing Defense, Space & Security é uma das maiores empresas do mundo no setor espacial, defesa e segurança, especializada em soluções inovadoras, desenvolvidas sob medida para as necessidades dos seus clientes. É ainda a maior e mais versátil fabricante de aviões militares do mundo. Sediada em Saint Louis, nos Estados Unidos, a Boeing Defense, Space & Security é uma empresa com negócios que totalizam US$ 34 bilhões, empregando 68 mil pessoas em todo o mundo.

Da extrema criatividade e engenhosidade dos engenheiros russos, surgiu a família de caças Su-27 Flanker, ou FAMILIA FLANKER para os mais íntimos.

Da extrema criatividade e engenhosidade dos engenheiros russos, surgiu a família de caças Su-27 Flanker, ou FAMILIA FLANKER para os mais íntimos.




O Su-30 é a versão da FAMILIA FLANKER mais utilizada hoje. Equipa as forças aéreas da Rússia, da China modelo MKK e da Índia MKI, todos com enormes extensões territoriais, justamente como o Brasil.



Nos próximos 30 anos os Su-30 devidamente modernizados, serão ainda um verdadeiro pesadelo para todos os caças e meios não stealth. Isto devido a combinação ‘quase perfeita’ [posto que perfeição não existe] entre radar-sensores-motores-armamento e aerodinâmica também ‘quase perfeita’ [pelo mesmo motivo anterior].



Contudo, os engenheiros da SUKHOI prepararam uma versão do FLANKER superior aos membros já existente da FAMILIA FLANKER, e muito superior em todos os aspectos a toda e qualquer aeronave ocidental não furtiva, de grande desempenho existente hoje.



Trata-se do Su-35BM, na realidade, uma aeronave completamente nova, com toda a tecnologia já testada nos Su-30 MKI, sendo de acordo com a designação russa um caça de geração 4++.




Seu cone de cauda é menor, seus flaperons são grandes e o Su-35BM tem grandes entradas de ar. O extenso uso de materiais RAM e de novos materiais compostos em sua estrutura que permitiu diminuir muito o peso, e sua assinatura radar é bastante reduzida, no mesmo nível de caças como os deltas europeus, ou os caças de 4º geração norte americanos quando tratados com RAM.





O caça já incorpora tecnologias de 5 geração, e será o padrão da força aérea russa até pelo menos 2020 quando a 5º geração russa começa a ser produzida em números adequados.



Trata-se de um avião de grande envergadura, pesado, equipado com 2 potentes turbofans, primordialmente biplace e dispondo das mais formidáveis maravilhas tecnológicas.



A técnica do FORMATO, como redutor de assinatura por radar utilizada hoje por aviões como o B-2 e o F-117, foi — predita e descrita por um cientista russo em 1966. Ao contrário do que pensam grande parte dos “analistas ocidentais”, e muitos aficionados por aviação e meios militares, os russos estão bem desenvolvidos no quesito redução de assinaturas por radar (Radar Cross section) e na tecnologia de diminuição da assinatura Infravermelha (IR), que diminuem a capacidade e alcance de detecção dos radares/sensores convencionais.



Tem estrutura robusta e perfeito sistema de controle de incêndio. Seu sistema hidráulico é duplo e o elétrico é redundante, prevenindo e evitando panes. Para a manutenção do caça, o sistema de informação integrado emite alerta sobre falhas com mensagens escritas e por som, recomendando soluções aos mecânicos.



O Su-35BM é um passo lógico para todos os clientes do Flanker, incluindo os que tem as melhores versões do SU-30, como a Índia, muito embora estes Flankers possam ser elevados para um padrão muito similar em um futuro próximo. O Su-30 MKI indiano, por exemplo, usará em 2011 o mesmo radar do Su-35BM para exportação, o IRBIS.



O Su-35BM SUPER FLANKER dispõe de TVC, foi projetado para cobrir longas distâncias e para funcionar como nave-mãe para Comando, com seu enlace de dados permitindo controlar e comandar outros caças e fazer contato com navios, radares, baterias e tropas.



Seu fantástico alcance com REVO confere-lhe possibilidade de emprego em missões sub estratégicas [inter-continentais].



O Su-35BM tem como principais características, a altíssima performance e agilidade em voo manobrado, capacidade supercruise, altíssimo desempenho no combate ar-ar a curta, média e longa distancia e ar superfície, disparando munição de através de um sofisticado sistema de informação e de detecção de alvos de longo alcance, sofisticado sistema de defesa e guerra eletrônica, acentuada redução na assinatura por radar/térmica, fusão de sensores, computadores de alta velocidade e sensores de alta potencia. Também carrega 1,5 toneladas a mais de combustível, do que as variantes comuns do Flanker.







Tem capacidades swing-role [mudar de missão a qualquer momento durante uma surtida] e de auto-escolta. Pode penetrar em ambiente de defesa de alta intensidade, de dia ou noite e a qualquer tempo.



Possui um grande número de cabides, que permitem levar 8 mísseis ar-ar de longa distância (BVR), atingindo alvos a 160 km. Dispõe de 2 potentes radares que detectam alvos terrestres/navais a 200 km e caças inimigos a 400 km, [Tikhomirov NIIP Irbis-E (N035E) ]permitindo disparar contra vários, inclusive para trás.







O Su-35BM pode cobrir um raio de ação de 1.500 km e voar de volta até com um só motor caso seja atingido, pois as 2 turbinas são bem separadas e protegidas, dispondo de alimentação individual de combustível.



A cabine do Su-35, consiste em dois grandes lcds com 22,5/30cm e dão ao piloto as informações integradas, completas e mostradas no capacete do piloto e existe mais um LCD de backup. A aeronave tem um novo sistema de ataque e de navegação, sistema de navegação guiado por satélite e sistemas de radio navegação digitais. O sistema de comunicação é digital e multicanal consiste em dois canais de radio, capacidade de ligação com o link-16 padrão OTAN, data link a prova de interferência.







Os caças da FAMÍLIA FLANKER, multimissão russos da Sukhoi, seriam a solução ideal e até ‘quase perfeita’ para as dimensões continentais do Brasil, tendo em vista as extensões da Amazônia, do Litoral, do Mar Territorial e, até mesmo, do Atlântico Sul, pois todos têm alcance impressionante de até 4.000 km.

Este caça é o mais capaz para cobrir estas vastidões e poderia ser um novo paradigma a ser alcançado pela FAB. Entretanto, o Su-35BM foi desclassificado para o FX-2.
Transcrevo abaixo ,sem comentários ,um inquietante artigo sobre o programa nuclear brasileiro publicado na importante revista alemã Der Spiegel em 7 de maio passado:






O Brasil está desenvolvendo a bomba?



Por Hans Rühle



O Brasil assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas especialistas suspeitam que pode estar trabalhando em uma bomba. O país pode legalmente enriquecer urânio para seus submarinos nucleares, mas ninguém sabe o que acontece com o combustível, uma vez que é confinado em bases militares.



Em outubro de 2009, a prestigiosa revista Foreign Policy publicou um artigo intitulado "As Futuras potências nucleares" Segundo o autor, o Cazaquistão, Bangladesh, Birmânia, os Emirados Árabes Unidos e Venezuela são os próximos candidatos - depois do Irã - para a filiação no clube das potências nucleares. Apesar de seus argumentos interessantes, o autor deixou de mencionar o mais importante: o Brasil.



Atualmente, o Brasil é tido em grande estima pelo resto do mundo. Seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se uma estrela no cenário internacional. "Esse aqui é o cara", disse certa vez o presidente Barack Obama, em louvor do seu homólogo brasileiro. Lula, como é conhecido, ainda pode dar-se ao luxo de receber o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinedjá, com todas as honras e aprovar o seu programa nuclear, embora o Irã esteja agora isolado em todo o mundo.



A confiança de Lula da Silva é um indicativo da auto-afirmação do Brasil no status de grande potência - inclusive em termos militares. Isto se reflete no documento Estratégia Nacional de Defesa, que foi publicado no final de 2008. Além do domínio do ciclo completo do combustível nuclear - que já foi alcançado - o documento solicita a construção de submarinos de propulsão nuclear.



Parece inofensivo, mas não é, porque o termo "submarinos de propulsão nuclear" pode na verdade ser um disfarce para um programa de armas nucleares. O Brasil já teve três programas nucleares militares secretos, entre 1975 e 1990. A abordagem da Marinha provou ser o mais bem sucedido: com centrífugas importadas de alto desempenho para produzir urânio altamente enriquecido de hexafluoreto de urânio, de modo a ser capaz de operar pequenos reactores para submarinos. No momento oportuno, o país poderia ter usado suas recém-adquiridas capacidades nucleares para conduzir uma "explosão nuclear pacífica", baseado no exemplo da Índia. O buraco de 300 metros (984 pés) destinado ao teste já havia sido perfurado na Serra do Cachimbo. De acordo com declarações do ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, em 1990, os militares brasileiros estava à beira da construção de uma bomba.



Mas nunca chegou a esse ponto. Durante a democratização do Brasil, os programas nucleares secretos foram efetivamente abandonadas. Sob a Constituição do país em 1988, as atividades nucleares eram restritas a "fins pacíficos". O Brasil ratificou o Tratado para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe em 1994 e, em 1998,assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e o Tratado de proscrição de ensaios nucleares.O namoro do Brasil com a bomba aparentemente terminara.



Na presidência de Lula da Silva, no entanto, este namoro foi reacendido, e os brasileiros estão se tornando cada vez menos reticentes em brincar com a sua própria opção nuclear. Apenas alguns meses depois da posse de Lula em 2003, o país retomou oficialmente o desenvolvimento de um submarino de propulsão nuclear.



Mesmo durante sua campanha eleitoral, Lula criticou o TNP, chamando-o de injusto e obsoleto. Embora o Brasil não se retire do tratado, as condições de trabalho dos inspectores da Autoridade Internacional de Energia Atômica (AIEA)ficaram mais difíceis. A situação ficou tensa em abril de 2004, quando a agência foi negado o acesso ilimitado a uma instalação de enriquecimento de recém-construída em Resende, perto do Rio de Janeiro. O governo brasileiro também deixou claro que não tinha a intenção de assinar o protocolo adicional ao TNP, que teria exigido a abertura para inspeções não avisadas de instalações nucleares.



Em meados de Janeiro de 2009, durante uma reunião do Grupo de Fornecedores Nucleares, um grupo de países fornecedores nucleares, que trabalha para o controle das exportações de materiais nucleares, as razões para esta política restritiva tornaram-se claras para os participantes, quando representante do Brasil travou os esforços para tornar mais transparente o programa de submarino nuclear.



"Aberto a negociação"



Por que todo esse segredo? O que há a esconder no desenvolvimento de pequenos reatores para submarinos de energia, sistemas que vários países têm tido ao longo de décadas? A resposta é tão simples quanto perturbadora: o Brasil está , provavelmente, também desenvolvendo algo mais nas usinas que tenha declarado como instalações de produção de submarinos: armas nucleares. O vice-presidente José Alencar ofereceu uma razão quando defendeu abertamente a aquisição pelo Brasil de armas nucleares em setembro de 2009. Para um país com 15 mil quilômetros de fronteira e ricas reservas de petróleo no mar , disse Alencar, estas armas não só seriam um importante instrumento de "intimidação", mas também os meios para dar ao Brasil mais sua importância no cenário internacional. Quando ele foi apontado que o Brasil assinou o TNP, Alencar reagiu calmamente, dizendo que era "uma questão que podia ser objeto de negociação."



Exatamente como o Brasil poderia chegar à construção de armas nucleares? A resposta, infelizmente, é que seria relativamente fácil. Uma condição prévia para a construção de pequenos reatores para os motores de submarinos é que o material nuclear regulamentado pela AIEA seja aprovado. Mas porque o Brasil designou como áreas militares restritas suas instalações de produção para a construção de submarino nuclear, os inspectores da AIEA deixaram de ter acesso. Em outras palavras, uma vez que o urânio enriquecido fornecido legalmente passou pelo portão da fábrica, onde os submarinos nucleares estão sendo construídas, ele pode ser usado para qualquer finalidade, incluindo a produção de armas nucleares. E porque quase todos os submarinos nucleares são operados com urânio altamente enriquecido, o que também acontece com armas, o Brasil pode facilmente justificar a produção de combustível nuclear altamente enriquecido. Mesmo se não há nenhuma prova definitiva das atividades nucleares do Brasil (ainda), eventos passados sugerem que é altamente provável que o Brasil está desenvolvendo armas nucleares. Nem a proibição constitucional, nem o TNP vão impedir que isso aconteça.


                                       SÉRÍA PURA FIQUIÇAO OU PURA VERDADE
Uma revolucionária tese de doutorado produzida no Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército – Simulação numérica de detonações termonucleares em meios Híbridos de fissão-fusão implodidos pela radiação – pelo físico Dalton Ellery Girão Barroso, confirma que o Brasil já tem conhecimento e tecnologia para, se quiser, desenvolver a bomba atômica. “Não precisa fazer a bomba. Basta mostrar que sabe”, disse o físico.




Mantida atualmente sob sigilo no IME, a pesquisa foi publicada num livro e sua divulgação provocou um estrondoso choque entre o governo brasileiro e a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), responsável pela fiscalização de artefatos nucleares no mundo inteiro.



O pesquisador desenvolveu cálculos e equações que permitiram interpretar os modelos físicos e matemáticos de uma ogiva nuclear americana, a W-87, cujas informações eram cobertas de sigilo, mas vazaram acidentalmente.



Barroso publicou o grosso dos resultados da tese no livro A Física dos explosivos nucleares (Editora Livraria da Física, 439 páginas), despertando a reação da AIEA e, como subproduto, um conflito de posições entre os ministros Nelson Jobim, da Defesa, e Celso Amorim, das Relações Exteriores. A crise vinha sendo mantida em segredo pelo governo e pela diplomacia brasileira.



A AIEA chegou a levantar a hipótese de que os dados revelados no livro eram secretos e só poderiam ter sido desenvolvidos em experimentos de laboratório, deixando transparecer outra suspeita que, se fosse verdade, seria mais inquietante: o Brasil estaria avançando suas pesquisas em direção à bomba atômica.



A AIEA também usou como pretexto um velho argumento das superpotências: a divulgação de equações e fórmulas secretas, restritas aos países que desenvolvem artefatos para aumentar os arsenais nucleares, poderia servir ao terrorismo internacional.



Os argumentos e a intromissão da AIEA nas atividades acadêmicas de uma entidade subordinada ao Exército geraram forte insatisfação da área militar e o assunto acabou sendo levado ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.



No final de abril, depois de fazer uma palestra sobre estratégia de defesa no Instituto Rio Branco, no Rio, Jobim ouviu as ponderações do ministro Santiago Irazabal Mourão, chefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do MRE, numa conversa assistida pelos embaixadores Roberto Jaguaribe e Marcos Vinicius Pinta Gama. A crise estava em ebulição.



Jobim deixou o local com o texto de um documento sigiloso entitulado Programa Nuclear Brasileiro – Caso Dalton, entregue pelo próprio Mourão. Mandou seus assessores militares apurarem e, no final, rechaçou as suspeitas levantadas, vetou o acesso da AIEA à pesquisa e saiu em defesa do pesquisador.



Num documento com o carimbo de secreto, chamado de Aviso 325, ao qual o Jornal do Brasil teve acesso, encaminhado a Celso Amorim no final de maio, Jobim dispara contra a entidade.



“A simples possibilidade de publicação da obra no Brasil e sua livre circulação são evidência eloquente da inexistência de programa nuclear não autorizado no País, o que, se fosse verdade, implicaria em medidas incontornáveis de segurança e sigilo”, criticou o ministro no documento.



Diplomacia



Amorim teria assumido uma posição dúbia, tentando contornar a crise sugerindo que o pleito da AIEA fosse atendido, pelo menos em parte, como convém sempre à diplomacia. A entidade queria que o livro fosse recolhido e exigiu dados mais detalhados sobre o método e as técnicas utilizadas pelo físico brasileiro. Insistia que o conteúdo do livro era material sigiloso.



Jobim bateu o pé e, em nome da soberania e da clara opção brasileira de não se envolver na construção de arsenais nucleares – explicitada na Constituição – descartou qualquer interferência no setor.



Situado na Praia Vermelha, o IME é um órgão de pesquisa básica, com curso de pós-graduação e extensão universitárias para civis e militares, subordinado ao Comando do Exército.



O ministro citou a banca examinadora do IME, formada por seis PhDs em física, entre eles o orientador de Barroso, Ronaldo Glicério Cabral, para garantir que a tese é trabalho teórico e sem vínculo com qualquer experiência realizada no Brasil.



Jobim citou o respeito a tratados para afirmar que o Brasil tem credibilidade para pesquisar “à margem de suspeições de qualquer origem”.



Jobim enfatizou ainda que o recolhimento compulsório do livro, como queria a AIEA, implicaria em grave lesão ao direito subjetivo protegido pela Constituição. Em outras palavras, seria uma censura a uma obra acadêmica com a chancela do governo Lula. E ainda criticou a entidade que, segundo ele, não justificou os comentários sobre a obra e nem apresentou base científica para amparar o questionamento.



A crise é uma ferida ainda não cicatrizada. Jobim não quis dar entrevista sobre o assunto, mas confirmou que encaminhou o documento ao Ministério das Relações Exteriores, responsável pelas conversações diplomáticas com entidades como a AIEA.



Procurado pelo Jornal do Brasil, Amorim não retornou. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – o órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia responsável pelo apoio aos inspetores da AIEA – Odair Dias Gonçalves, também não quis falar.



Cálculos de brasileiro desvendaram interior de ogiva dos EUA



Vasconcelos Quadros



A parte mais delicada da pesquisa de Barroso – e principal responsável pela reação da AIEA – está na página 349 do capítulo 10 do livro, que leva o título Detonações termonucleares.



São cálculos complexos, desenvolvidos com a ajuda de um inédito programa de computador que ele mesmo criou, e que desvenda com resultados em níveis técnicos aceitáveis pela comunidade científica, a figura de uma das ogivas nucleares dos Estados Unidos, conhecida como warhead W-87.



A figura reproduz o esquema de detonação termonuclear num moderno e compacto explosivo. Tudo o que sabia, até então, eram os dados sobre as dimensões externas dos símbolos, e assim mesmo porque as informações haviam vazado, em 1999, e publicadas pela revista americana Insight Magazine, em agosto daquele ano.



Uma reportagem da publicação reproduziu um trecho de um relatório produzido pelo Congresso americano sobre denúncias envolvendo suposta espionagem chinesas nos laboratórios nucleares dos Estados Unidos, do qual, acidentalmente, foi incluída a imagem e os dados que deveriam permanecer em sigilo.



A divulgação deixou perplexo o inventor da bomba de nêutrons, Samuel Cohen que, em depoimento ao Congresso, alertou que um físico competente poderia usar os dados e desenvolver o mesmo projeto original. O físico brasileiro, contudo, não fez só isso.



Barroso virou a figura do lado avesso e, além de interpretar as dimensões externas, desenvolveu a configuração para o módulo secundário do explosivo, abrindo o que estava em segredo sobre a parte termonuclear do W-87. Os cálculos coincidiram até com a potência do artefato americano, de 300 quilotons.



“Só adivinhei o que estava lá dentro”, disse Barroso. O trabalho é duplamente inédito: é a primeira vez que um físico brasileiro aprofunda cálculos e equações que pertenciam apenas aos cientistas presos a sigilos de laboratórios e, ao mesmo tempo, explicita os resultados em literatura científica aberta.



Barroso afirmou que no mundo da física nuclear só não podem ser divulgados dados obtidos por espionagem em laboratórios de experimentos. Segundo ele, a pesquisa publicada no livro é baseada em modelos físicos e matemáticos conhecidos e disponíveis na literatura. Mas o que encontrou é inédito graças, em boa parte, ao avanço da ciência da computação.



O livro tem outros quatro capítulos (4, 8, 9 e 10) recheados de novidades, também obtidas com simulações em computador. São conclusões relacionadas a explosivos de fissão pura, novos elementos químicos em massa físsil – como o deutério-trítio -, explosivos nucleares, termonucleares e as complexas bombas boosted.



A AIEA reclamou argumentando que várias informações reveladas nesses capítulos também eram sigilosas. O Ministério da Defesa anexou ao documento 42 duas obras disponíveis para mostrar que não se tratava de segredo.



“O livro não é um manual para terrorista”, garantiu o físico. Barroso sustenta que a tese, classificada como reservada – um eufemismo para sigilo – tem poucos dados além dos que já estão no livro. Apesar da crise gerada, diz que vai pedir ao IME que libere o resto para publicação. As partes mais polêmicas, garante, já foram publicadas.



Nosso Comentário:



Físico Brasileiro Desvenda a Bomba Termonuclear, a Mais Destrutiva



“A divulgação deixou perplexo o inventor da bomba de nêutrons, que alertou que um físico competente poderia usar os dados e desenvolver o mesmo projeto original. O físico brasileiro, contudo, não fez só isso.



Barroso virou a figura do lado avesso e, além de interpretar as dimensões externas, desenvolveu a configuração para o módulo secundário do explosivo, abrindo o que estava em segredo sobre a parte termonuclear do W-87. Os cálculos coincidiram até com a potência do artefato americano, de 300 quilotons.”



Este assunto tem que ser encarado por dois ângulos. O primeiro refere-se a um avanço tecnológico fundamental para o Brasil. Já o segundo refere-se às devidas preocupações com o terrorismo internacional.



O Brasil agora poderia desenvolver uma bomba de hidrogênio (Bomba H) de até 300 quilotons, também conhecida como bomba termonuclear. Trata-se de algo muito mais destruidor que um artefato nuclear, conhecido como bomba atômica (Bomba A). O fato principal é que a Bomba H consegue ser até 750 vezes mais forte do que qualquer Bomba A.



Em resumo, a Bomba H, ou termonuclear, nada mais é que uma bomba atômica dentro de um invólucro de Hidrogênio, que intensifica a explosão em no mínimo 750 vezes.



A maior bomba termonuclear detonada, a Tsar bomba, na URSS, tinha um poder de 50 megatons. Isso equivalia a todos os explosivos usados na Segunda Guerra multiplicados por dez! Seu emprego até sobre uma região inóspita levaria a uma destruição incalculável.



Já a Bomba de Nêutrons, ou a bomba “limpa”, é uma Bomba A dentro de um invólucro de níquel ou cromo, com uma explosão relativamente pequena, que não destrói as construções, mas apenas mata os seres vivos através da liberação de neutrons e raios X. No entanto, não existem mais bombas de nêutrons, tendo sido todas elas desmanteladas.



A Bomba de Nêutrons representaria uma grande vantagem militar, visto que ela elimina a população inimiga enquanto se apodera de todos os seus recursos. Ela é creditada a Samuel Cohen do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, que desenvolveu o conceito para os EUA em 1958.



A França testou uma bomba de nêutrons no Atol de Moruroa em 24 de Junho de 1980. A China e Israel também poderiam produzi-las, embora não se conheça qualquer país onde tais bombas estejam sendo desenvolvidas, atualmente.